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Três salas de chuto em Lisboa

A cidade de Lisboa vai passar a dispor de três salas de chuto até ao final do ano, duas fixas e uma móvel (Alcântara, Lumiar e zona oriental da cidade).

Serão cerca de 1400 os toxicodependentes a residir em Lisboa e até ao final do ano passarão a contar com três salas de consumo assistido, ao invés de consumir a céu aberto nas ruas da cidade.

A Avenida de Ceuta (nas traseiras da ETAR) e o Lumiar (num descampado junto ao Bairro da Cruz Vermelha) são os dois locais a acolher uma sala fixa, enquanto que a zona oriental de Lisboa vai receber uma carrinha móvel que vai circular pelas ruas de Marvila, Beato e Olaias.

De acordo com o vereador Ricardo Robles, que acumula os pelouros dos Direitos Sociais, Saúde e Educação da Câmara Municipal de Lisboa, o objectivo é “criar uma resposta para zonas onde há actualmente um problema de saúde pública” e pôr fim ao cenário com o qual as populações se deparam diariamente, com toxicodependentes a injectar heroína em becos, descampados, prédios abandonados, casas de banho ou outras estruturas.

Nas salas de consumo vigiado não haverá partilha de material de consumo, algo que representa um elevado risco de propagação de doenças, e estarão presentes técnicos de saúde habilitados a lidar com a população toxicodependente, além ser prestado apoio social, nomeadamente no que diz respeito à alimentação e higiene.

As salas de consumo vigiado, que nunca saíram do papel desde que foram propostas pela primeira vez em 2001, deverão fazer baixar os números de mortes por overdose e proporcionar oportunidades de contacto entre os serviços de saúde e os consumidores.

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