Reportagem

Novos “voluntários” no Pavilhão do Conhecimento

São quase dez da manhã de Segunda-feira e os monitores do Pavilhão do Conhecimento, de serviço às exposições do museu, estão já nos seus postos, espalhados pelos dois pisos. O colete vermelho é a indumentária que os identifica: os visitantes sabem que é a eles que podem recorrer se quiserem dar uma voltinha na bicicleta voadora, descobrir qual o segredo para abrir a arca do tesouro (se não forem lá por eles próprios) ou para aprofundar conhecimentos sobre qualquer um dos módulos ou experiências.

Os monitores mais seniores trabalham no Pavilhão desde a abertura de portas, há 21 anos, outros são jovens a terminar licenciaturas e mestrados na área das ciências, que acumulam o estudo com a função de monitor.

Por causa da pandemia o Pavilhão do Conhecimento esteve encerrado quase dois meses. Abriu no dia 1 de Junho e com uma novidade: há caras novas no grupo de monitores. Dezenas delas, na verdade! A Rosalia, Directora do museu, a Susana, responsável pelas finanças, o Romica, que é designer, a Inês, que programa as actividades do museu, a Sofia, que planeia as exposições, o Bruno, da equipa de eventos… Só para darmos alguns exemplos.

“Numa altura em que estamos a recuperar, lentamente mas de forma consistente, os nossos visitantes, considerámos que era importante que toda a equipa passasse por esta experiência de contacto com o público. Há muitas questões e afinações acerca das dinâmicas do museu que passam por este ‘tomar de pulso’ junto de quem nos visita, em plena área expositiva”, explica Rosalia Vargas, Directora do Pavilhão do Conhecimento.

Na pausa de 15 minutos da manhã, o tempo de repor os líquidos e dar algum descanso às pernas, Diana Freire, gestora de projectos, faz um balanço positivo da função de “Monitora por um dia” (na verdade serão quatro dias, até ao final do Verão): “É uma forma de todos nós, que normalmente passamos mais tempo nos gabinetes, valorizarmos esta função tão importante que é a de monitor. Eles são o nosso cartão de visita, quem nos representa e dá a cara junto dos visitantes. Temos aprendido muito com eles e temos muito que lhes agradecer”.

“Habitualmente estou no gabinete e o contacto que tenho com o nosso público é através dos emails que recebo e das redes sociais. Hoje tive oportunidade de assistir ao vivo ao fascínio dos visitantes pelo Pavilhão. Vi a reacção e o impacto daquilo que comunicamos. Estou feliz!”, sintetiza Milene Moreira, da equipa de Comunicação.

Sofia Lucas, responsável pelo Serviço Educativo, aproveita estes dias como monitora para partilhar com o público o seu entusiasmo pelo “módulo mais perfeito do Pavilhão”: o carro das rodas quadradas, claro, ou não fosse a Sofia uma apaixonada pela Matemática.

Devido à pandemia, as normas de higiene do museu foram reforçadas, o que valeu ao Pavilhão a atribuição do selo “Clean & Safe” pelo Turismo de Portugal. Além das equipas de limpeza, os monitores também ajudam nesse processo. “Na maior parte dos museus é proibido tocar nas peças expostas, no nosso museu proibido é ficar com as mãos nos bolsos! Tocar é mesmo a palavra de ordem, daí ser importante não descurar – e reforçar muito – as medidas de higiene”, refere Rosalia Vargas.

Tudo para que os visitantes do Pavilhão sintam a visita como segura… com a curiosidade de sempre.

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