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Munícipes do Beato e de Marvila queixam-se à Câmara de Lisboa

Decorreu no dia 7 de Fevereiro uma reunião descentralizada da Câmara Municipal de Lisboa destinada a ouvir os munícipes das freguesias do Beato e de Marvila.

A reunião aconteceu no formato habitual das reuniões descentralizadas da CML, em que as pessoas inscritas tomam a palavra para expor o que as incomoda ao executivo camarário, liderado pelo presidente Fernando Medina.

O auditório da Escola Secundária D. Dinis estava completamente cheio, um facto saudado pelos intervenientes na reunião.

Ganharam grande destaque nos temas abordados as questões relacionadas com as condições de habitabilidade e outros problemas nos bairros municipais sob gestão da Gebalis, no edificado sob gestão do IHRU, nas cooperativas ex-SAAL e nas vilas operárias do Beato.

A grande maioria dos munícipes falou sobre estes problemas, mas também houve outros temas abordados, como a limpeza urbana nas duas freguesias, o pedido de maior cuidado com os jardins e espaços verdes de Marvila, problemas de segurança e toxicodependência nas imediações do campo do Vitória e da Escola Eng. Duarte Pacheco (Picheleira), queixas em relação às carreiras de autocarros, estacionamento e ordenamento do trânsito e a degradação absoluta da Escola Secundária Afonso Domingues.

Fernando Medina deixou claro que, no seu entender, a Câmara é a entidade que devia gerir a habitação social da cidade, não o IHRU, a fim de facilitar a resolução dos problemas que afectam os moradores dos Bairros dos Lóios e das Amendoeiras. Manifestou ainda a esperança de que o processo de transferência desta gestão seja concluído em breve.

Já no caso da Vila Dias, um dos temas mais quentes do debate, Medina garantiu que a Câmara vai resolver a questão, seja pela intimação do proprietário a realizar as obras necessárias, seja pela posse administrativa do edificado. Recorde-se que decorre uma acção judicial relativa ao desrespeito pelo direito de preferência da Câmara.

Intervenções dos presidentes das juntas de freguesia

Silvino Correia, presidente da Junta de Freguesia do Beato, falou sobre o esforço que a sua autarquia está a fazer no âmbito da Acção Social, nomeadamente através do apoio a 170 agregados familiares ao abrigo do FES – Fundo de Emergência Social. O autarca também descreveu as transformações a ocorrer na Freguesia, simbolizadas no novo Hub Criativo do Beato, que devem ser acompanhadas pelos melhoramentos no espaço público, na limpeza urbana e nos espaços verdes e de lazer.

Entre outros assuntos, o presidente reclamou urgência na finalização do Plano de Pormenor do Casal do Pinto, por tudo o que significará para o desenvolvimento o território. Silvino Correia também referiu a falta de condições na sede da autarquia e a construção do novo quartel dos Bombeiros do Beato e Penha de França.

Por seu turno, José António Videira começou por pedir um reforço da dotação financeira da Junta de Freguesia de Marvila, partindo de imediato para a crítica à actuação do IHRU na gestão dos bairros de Marvila: o autarca concordou com Fernando Medina e pediu a gestão municipal da habitação social.

O presidente marvilense abordou depois os temas discutidos na sessão, com destaque para as requalificações nas escolas, a correcção dos problemas de trânsito no Poço do Bispo e a criação de ligações entre os bairros na zona da Prodac, Quinta do Chalé e Marquês de Abrantes. Pediu ainda a criação de uma esquadra da PSP em Marvila e, adicionalmente, de postos móveis no seu território, não deixando de referir o novo centro de saúde como importante para a população de Marvila. Um momento especial aconteceu quando o autarca exibiu dois placards com propostas para a criação de um campo de jogos e outras valências.

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