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Maior parada militar em 100 anos celebra o armistício

Foi há 100 anos que a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, com a assinatura do armistício que terminou o conflito. Para celebrar a efeméride, mais de 4500 militares participaram na maior parada do último século.

Tendo como cenário a Avenida da Liberdade, mais de 4500 militares deram corpo a uma magnífica parada militar, que reuniu milhares de pessoas para assistir ao momento.

Entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, este domingo, dia 4 de Novembro, perto de 3500 militares das Forças Armadas, 390 militares da GNR, 390 polícias da PSP e 160 antigos combatentes desfilaram em parada, num cortejo que tinha sido ensaiado na véspera. Somaram-se-lhes contingentes de forças militares de outros países, nomeadamente da Alemanha, dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido, bem como um conjunto de alunos do Colégio Militar e dos Pupilos do Exército.

Outro centro de atenções muito comentado pelo numeroso público presente foi, como não podia deixar de ser, o desfile de viaturas das Forças Armadas e das forças de segurança, além dos cavalos.

A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que passou em revista as forças presentes e homenageou os mortos com a deposição de uma coroa de flores junto do monumento correspondente, e foi organizada pela Liga dos Combatentes e pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA). Marcaram presença na cerimónia o primeiro-ministro, António Costa, o (novo) ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e muitas personalidades de relevo, com destaque para os antigos Presidentes da República Ramalho Eanes e Jorge Sampaio. Por este motivo, também é de assinalar a ausência de Cavaco Silva.

Nas suas palavras, Marcelo Rebelo de Sousa realçou a importância de salvaguardar o prestígio das Forças Armadas e evocou o seu contributo (das Forças Armadas) para a construção da paz, salientando o envolvimento português nos esforços de contenção de conflitos por todo o globo. “Não toleraremos que se repita a sangrenta divisão da Europa. Não toleraremos que se repita o perder-se a paz ganha com tantas mortes às mãos de aventureiros criadores de novas guerras. Não toleraremos que se repita o uso das Forças Armadas ao serviço de interesses pessoais ou de grupo, de jogos de poder, enquanto soldados se batiam como hoje se batem todos os dias no Centro de África, no Norte, Leste e Sul da Europa, no Golfo da Guiné, pela Pátria e pela Humanidade”, afirmou o Presidente da República a dado momento do seu discurso.

A maior parada militar dos últimos 100 anos causou constrangimentos de trânsito ao longo de dois dias na zona da Avenida da Liberdade que se encontram agora completamente regularizados.

Créditos fotos: Lusa

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