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MAC homenageia Martins Correia

O MAC – Movimento Arte Contemporânea, exibe até 20 de Outubro uma exposição de homenagem ao Mestre Martins Correia.

“O melhor do ato é aquilo que não se explica.”- MESTRE MARTINS CORREIA

Para introduzir esta mostra, recorremos às palavras de Álvaro Lobato de Faria e Zeferino Silva:

O artista plástico Martins Correia, nascido em 1910 na Golegã, foi galardoado com inúmeros prémios ao longo da sua carreira, não só em Portugal como no estrangeiro onde se destaca, particularmente o ter sido agraciado com a Ordem de Santiago de Espada (Grau de Grande Oficial) pelo Presidente da República Dr. Mário Soares.

Das inúmeras exposições destacamos a da Fundação Calouste Gulbenkian em 1961. Martins Correia está representado em várias colecções nomeadamente, tendo um museu com o seu nome na Golegã. Ficou órfão de pai e mãe muito cedo, tendo ingressado na Casa Pia em 1922, onde conclui o curso industrial. Recebeu uma bolsa de estudo para a Escola de Belas Artes, onde se formou como Escultor, tendo aí exercido actividade como professor e também expondo os seus trabalhos como artista. Ao longo do percurso artístico, constata-se que o seu sentido estético, ficou marcado pela utilização de cores fortes, mediterrânicas, tendo ficado conhecido igualmente como o “escultor da cor”.

Segundo Gabriela Carvalho, no livro sobre Mestre Martins Correia “Laureatos” é descrito: “Um dos maiores artistas portugueses do século XX que, com grandeza e dignidade, soube ser visionário em busca do ideal, livre nas formas e nas cores, capaz de sentimentos humanos artísticos em liberdade constante. Um exemplo ímpar de modernidade.”

Tendo-se dedicado predominantemente à escultura, Martins Correia foi também pintor, ilustrador, desenhista, tendo sido, responsável pela figuração decorativa da estação do metropolitano de Picoas, em Lisboa, onde revela uma clara utilização da figuração humana simbólica, nos alongamentos dos contornos, manifestando uma subtileza incisiva no traço e na mancha. Grande foi este Mestre, que deixará para sempre a sua marca na História da Arte Contemporânea Portuguesa. É uma honra para o MAC esta pequena homenagem ao grande Senhor das Artes Plásticas.

A exposição está patente ao público até 20 de Outubro no MAC – Rua do Sol ao Rato, no 9 C, entre as 15h e as 20h, de segunda a sábado.

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