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Escolas de Lisboa sob estudo de vulnerabilidade sísmica

A Câmara Municipal de Lisboa pediu ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil um estudo sobre a vulnerabilidade dos 32 edifícios escolares da capital, do 2.º e 3.º ciclos e secundário, em caso de sismo. O resultado foi apresentado no dia 17 de Fevereiro, em conferência de imprensa, nos Paços do Concelho.

A conclusão do estudo mostra que, no geral, as escolas não apresentam problemas estruturais de relevo, no entanto, se acontecesse em Lisboa um sismo idêntico ao de 1755, algumas teriam danos muito elevados e provavelmente não resistiriam ao abalo, por isso, são aconselhadas obras prioritárias em pelo menos sete das 32 escolas alfacinhas.

Os vereadores Filipa Roseta e Diogo Moura foram os porta-vozes das preocupações do município mas, apesar do estudo apontar algumas fragilidades, reforçaram que “não existe um problema crónico com as escolas”, a preocupação é idêntica quanto ao parque habitacional da cidade.

Esta avaliação agora solicitada pela CML prevê a média do desgaste dos edifícios escolares nos próximos 50 anos e tem a intenção de melhorar a segurança, evitando, dentro do possível, danos maiores em caso de catástrofe.

No topo das escolas mais vulneráveis está a Básica Luís de Camões, seguida das básicas Eugénio dos Santos, Nuno Gonçalves e Almirante Gago Coutinho, pela Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa a pela Escola Básica Patrício Prazeres e Escola Básica Paula Vicente.

O responsável do LNEC por este estudo, Alfredo Campos Costa, refere que foram indicadas para obras as escolas com vulnerabilidades superiores a 10% e recomenda que estes estabelecimentos de ensino “sejam objecto de uma avaliação estrutural mais detalhada”.

A gestão dos estabelecimentos de ensino visados neste estudo foi transferida em 2019 do Ministério da Educação para a autarquia lisboeta mas Diogo Moura, vereador da educação do município afirma que por cada escola a autarquia apenas recebeu do governo central a quantia de 20 mil euros, valor que insuficiente para proceder às obras necessárias. No entanto, as escolas consideradas mais vulneráveis serão alvo de um estudo mais pormenorizado que irá proceder ao levantamento das necessidades de intervenção.

Quanto às escolas do 1.º ciclo e jardins de infância, já anteriormente geridos pela CML, está também pensado para breve um estudo equivalente.

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