Sociedade

Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles deixa-nos aos 98 anos

No dia de hoje, em que foi comunicado o falecimento do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, a Câmara Municipal de Lisboa emite o seguinte comunicado:

Comunicado CML

Na morte de Gonçalo Ribeiro Telles

Gonçalo Ribeiro Telles, o decano da arquitetura paisagística em Portugal e “pai da Plano Verde de Lisboa” morreu hoje aos 98 anos.

É com profunda tristeza que a Câmara Municipal de Lisboa lamenta o seu desaparecimento.

A cidade que o viu nascer é este ano a Capital Verde da Europa. Nesta Lisboa, que todos os dias procura ser mais sustentável e amiga do ambiente, identificam-se alguns dos frutos dos seus trabalhos e utopias.

Gonçalo Ribeiro Telles foi um homem à frente do seu tempo, um vanguardista. Pensava o território e buscava o difícil equilíbrio entre a paisagem natural e a paisagem transformada. Preconizava uma cidade mais humanizada.

As hortas urbanas, a permeabilidade dos solos, a luta contra a construção em leito de cheia, foram alguns dos incontáveis combates nos quais se envolveu. Sempre na defesa do (bom) ordenamento do território.

Por isso, a sua marca distintiva também está na Lisboa, Capital Verde da Europa. Os corredores verdes de Monsanto, de Alcântara e o Periférico, obras que agora são uma realidade, foram há muito também sonhadas por Ribeiro Telles. E foi com redobrado empenho que a CML trabalhou para a concretização destes sonhos.

Arquiteto paisagista, autor, em parceria com António Viana Barreto, dos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, professor universitário, trabalhou também na Câmara Municipal de Lisboa. Deixa um forte legado de pensamento e obra à cidade e ao País. Cabe-nos a todos darmos-lhe continuação.

Parque Urbano da Praça de Espanha vai chamar-se Gonçalo Ribeiro Telles

A cidade, reconhecida, prestar-lhe-á tributo e homenagem.

O Presidente da CML, Fernando Medina e o Vereador José Sá Fernandes, irão apresentar à vereação camarária a proposta para que o Parque Urbano da Praça de Espanha, que neste momento está em obras e que estará concluído no início do ano que vem, tenha o seu nome.

Ali, onde antes dominavam os prédios e as faixas de rodagem, ganham terreno as árvores, os caminhos pedonais, os espaços para descansar e cursos de água.

Era assim a Lisboa que Ribeiro Telles gostava. É assim que Lisboa procura ser. Humanizada e sustentável.”

 

 

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