Local

Acabaram-se os despejos durante a pandemia

A Câmara Municipal de Lisboa garante que as acções de despejo de habitações municipais ilegalmente ocupadas estão suspensas desde quinta-feira passada.

Depois de mais de uma dezena de famílias terem sido despejadas dos fogos que habitavam ilegalmente no Bairro Alfredo Bensaúde, freguesia dos Olivais, a Câmara Municipal de Lisboa assegura que as operações de desocupação das habitações se encontra suspensa, devido à pandemia de Covid-19.

Recorde-se que os protestos dos moradores tinham-se feito ouvir à porta da Assembleia Municipal de Lisboa, que se realizou à porta fechada a semana passada por esse motivo, além da ameaça do novo coronavírus.

A CML realça que “nenhuma família ficou sem alternativa habitacional ou resposta temporária por parte da rede social, nos casos em que se verificou essa necessidade” na sequência da acção de despejo, que foi levada a cabo com o acompanhamento das forças de segurança. Contudo, o Município reitera que não pode “obrigar a que sejam aceites estas soluções”. A edilidade também reitera que notificou os ocupantes das habitações, cumprindo as normas aplicáveis a estes casos e que o objectivo é requalificar os fogos para que possam ser ocupados pelos novos inquilinos que a elas têm direito, no âmbito dos programas municipais de habitação.

Em declarações à agência Lusa, a associação Habita afirma que no Bairro Bensaúde há “14 famílias a dormir debaixo de lonas na rua”, na sequência da desocupação coerciva das habitações municipais. Na página de Facebook da associação há ainda um contraditório ao que afirmou a CML. “Não digam “desde Quinta-feira” porque na quinta e sexta houve despejos e até violência policial”, refere a publicação.

Ver mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Close