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Rui Lage vence Prémio Literário Agustina Bessa-Luís

O Júri do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís escolheu “O Invisível”, de Rui Lage, como romance vencedor em 2017.

Com produção poética já publicada, Rui Lage venceu o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, por unanimidade do Júri, aos 42 anos, com o seu primeiro romance “O Invisível”, que propõe uma abordagem ficcional do lado mais oculto de Fernando Pessoa.

Recorde-se que o Prémio foi instituído, pela primeira vez, em 2008, pela Estoril Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da empresa.

Ao eleger “O Invisível”, o júri considerou tratar-se de “um romance com notável fulgor imaginativo” no qual “a figura histórica de Fernando Pessoa é tornada personagem de romance e colocada no centro de uma trama de ficção muito original, que cruza criativamente referentes conhecidos da época e Cultura Pessoanas, particularmente a sua
vertente ocultista e/ou esotérica”.

O autor, Rui Carlos Morais Lage, de seu nome completo, nasceu no Porto em 1975 e é licenciado em Estudos Portugueses e Ingleses pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, instituição na qual se doutorou em Literaturas e Culturas Românicas – especialidade em Literatura Portuguesa.

É autor de poesia, com sete livros publicados entre 2002 e 2016, entre os quais “Estrada Nacional” (distinguido com o Prémio Literário da Fundação Inês de Castro, em 2016, e finalista, em 2017, do Prémio P.E.N. Clube de Poesia), e de ensaio (com destaque para “Manuel António Pina”, publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra em 2016), bem como de crítica literária, ficção infantojuvenil e antologias (“Poemas Portugueses: Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI”.

Deputado na Assembleia Municipal do Porto e membro do Conselho Municipal de Cultura do mesmo município, é actualmente professor de História Cultural do Teatro na Licenciatura em Artes Dramáticas da Universidade Lusófona e assistente parlamentar no Parlamento Europeu, onde trabalha nas áreas dos assuntos externos e dos direitos humanos.

 

“O Invisível” teve três versões antes de se sagrar como vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís e demorou cinco anos a escrever, passando por “longos períodos de pousio”, segundo o autor.

O Júri que o atribuiu, além de Guilherme D`Oliveira Martins, que presidiu, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, integrou José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores; Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas; Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários; e, ainda, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.

O Regulamento do Prémio Revelação, que deixou de fixar um limite de idade para os concorrentes, manteve, contudo, a exigência de serem autores portugueses, ”sem qualquer obra publicada no género”. A iniciativa conta, desde o primeiro momento, com o apoio da Editorial Gradiva, que assegura a edição da obra vencedora, através de um Protocolo com a Estoril Sol.

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