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Nova Feira Popular pode custar 70 milhões

Segundo noticia o Jornal Público, a nova Feira Popular de Lisboa, a instalar em Carnide, vai custar pelo menos 40 milhões de euros.

São números que impressionam pela dimensão, sobretudo se se tiver em conta que o valor pode aumentar para os 70 milhões, mas convém assinalar que, por um lado, se trata de um espaço com uma área total de 16,9 hectares e, por outro lado, que o investimento será suportado pelo futuro concessionário que vencer o concurso público aberto pela Câmara Municipal de Lisboa.

De acordo com o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da futura Feira Popular de Lisboa, que se encontra actualmente em consulta pública, o vencedor do concurso ficará responsável pelo desenvolvimento da concepção, construção, manutenção e operação do equipamento.

Os 16,9 hectares do espaço compreendem uma vasta área verde que rodeará a Feira Popular propriamente dita – e que ocupará 9,4 hectares – sendo que o parque verde é para concluir mesmo que o projecto da Feira Popular não se concretize, ou seja, é um projecto autónomo. O parque verde custará 5 milhões de euros.

Entretanto, a obra já está atrasada, visto que inicialmente o prazo previsto apontava para 2018, e neste momento o EIA remete a conclusão do parque verde para Setembro de 2020. A obra completa deverá estar terminada no prazo de dois anos após o início dos trabalhos.

Recorde-se que a Feira Popular de Lisboa, que já esteve na Palhavã e em Entrecampos, chegou a ser ponderada em locais da cidade como Monsanto, o Parque das Nações, o Parque da Bela Vista ou a Doca do Poço do Bispo, mas a opção final recaiu sobre a freguesia de Carnide, no território que confina com a Pontinha, já no concelho de Odivelas. Aliás, a estação de Metro da Pontinha será a mais próxima do equipamento novo.

Quanto aos impactes do projecto, o resumo não técnico citado pelo Público descreve a sua viabilidade do ponto de vista ambiental e realça-o como uma oportunidade de desenvolvimento urbano integrada, de relevante importância para a cidade de Lisboa e sua região. São apontados impactes negativos limitados (com o ruído como principal preocupação) e é destacado um conjunto de impactes positivos.

A construção de dois parques de estacionamento dissuasores (2200 veículos) vai contribuir para mitigar a perturbação do trânsito e da mobilidade pedonal, sendo que os parques estarão ligados à praça do terminal rodoviário e estação do Metro através de dois passadiços pedonais. O aumento de tráfego na zona será apenas na ordem dos 4%.

O EIA também remete para a criação de emprego e para a dinamização das actividades económicas, sendo que a futura Feira Popular de Lisboa poderá receber, pelo menos, 1,3 milhões de visitantes por ano.

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