Reportagem

Marvila recebe VIII Encontro de Tocadores de Concertina

 

Manter viva a cultura tradicional portuguesa e promover o convívio entre os marvilenses são alguns dos objectivos do VIII Encontro de Tocadores de Concertina, que decorreu no mês de Janeiro, no Salão de Festas do Vale de Fundão.

Promovido pela Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, o evento fez subir ao palco cerca de 25 grupos de concertinistas que, com a sua alegria, fizeram encher o salão de festas da Junta de Freguesia de Marvila.

O evento, que já decorre há oito anos, tem vindo crescer e o número de participantes vem aumentando de ano para ano. Por esse motivo, os organizadores tiveram que pedir o apoio à Junta de Marvila para a realização do mesmo, uma vez que a sua casa já não tem espaço para acolher tantas pessoas.

O Presidente da Junta e Freguesia de Marvila, Belarmino Ferreira Fernandes Silva, não hesitou em acolher o evento, considerando que “este tipo de convívios tem todo o tipo de importância até porque a casa do concelho está sediada em Marvila e é uma forma dos seus sediados virem cá”.

Já Vitor Morais, Vogal da Cultura e do Desporto e Juventude de Marvila,  salientou a importância que eventos como estes têm para que se mantenham vivas as tradições. “Colaboramos sempre com estas iniciativas pois é também do nosso interesse que se mantenha sempre esta cultura, as músicas tradicionais, e que as pessoas possam se reunir de forma divertida”.

Parada durante algum tempo, ou simplesmente sem grande visibilidade, a concertina parece estar hoje novamente a conquistar cada vez mais adeptos e cada vez mais jovens. Ricardo Pereira, do Clube de Concertinas da Barrenta, toca este instrumento há oito anos. O jovem conta-nos que “a concertina estava quase parada” quando o centro local decidiu que não queria deixar morrer esta tradição e decidiu criar o seu primeiro encontro. Três anos depois foi criada a “sua própria escolinha”, através do qual criaram o Grupo da Barrenta que está agora activo há oito anos.

Para Ricardo, este género de iniciativas é importante para juntar os jovens e apresentar-lhes novas formas de diversão. “É uma maneira de mostrar à juventude que existem muitas espatórias para além da playstation e do computador. Isto é também uma forma de convivermos e  de desenvolver o contacto directo para que eles possam crescer sem estarem sempre agarrados  ao ecrã”, afirma. O Clube da Barrenta é, inclusivamente, um bom exemplo da adesão dos jovens à prática da cultura tradicional portuguesa, uma vez que dos 21 elementos, 70% são jovens com menos de 25 anos.

Também a Escola Filipe Oliveira, durante a sua actuação em palco, decidiu salientar a importância do evento e dirigiu um especial agradecimento ao Presidente local “por apoiar este tipo de ajuntamentos”.

O encontro, que teve início às 14h, prolongou-se durante toda a tarde, e todos os participantes tiverem direito a uma medalha como forma de agradecimento pela sua participação. No final, e num momento único, todos os concertinistas uniram-se em palco para uma última actuação.

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