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Marchas Populares de Lisboa candidatas à Lista do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial

As Marchas Populares de Lisboa, uma das mais emblemáticas festas populares da cidade, estão agora em vias de integrar a Lista do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Esta candidatura é promovida pela Associação das Coletividades do Concelho de Lisboa (ACCL) e conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.

“É uma honra termos tido um papel activo na promoção desta iniciativa. A Cidade, as suas tradições, e também o movimento associativo, merecem toda esta dedicação, que esperamos ver oficialmente reconhecida”, afirma o presidente da ACCL, Pedro Calado.

Esta iniciativa conta com o apoio das 28 colectividades da cidade que anualmente preparam e apresentam as suas marchas em Junho.

“As nossas Marchas representam muito da nossa alma e da história da cidade de Lisboa. São milhares de pessoas, muitos deles turistas, que nos visitam e assistem todos os anos a este desfile único de orgulho e identidades dos nossos bairros e freguesias e que representam um momento único das nossas Festas de Lisboa. São nove décadas de uma tradição que tudo devemos fazer para defender, manter e dar o merecido e justo reconhecimento”, sustenta o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

“Estamos empenhados em salvaguardar e valorizar o património cultural da cidade na sua diversidade tão rica. Não fazemos discriminação entre alta e baixa cultura, entre património cultural de primeira e de segunda. Todos contribuem para fazer de Lisboa uma cidade de tradições, de cultura, criativa, que tem como muito relevante a memória e a identidade, construída na diversidade”, sublinha por sua vez o vereador da cultura da autarquia, Diogo Moura.

As Marchas Populares de Lisboa são reconhecidas como uma celebração festiva e bairrista com uma importância extraordinária, caracterizadas pela dança em desfile, acompanhada de música, poesia e canto. Os representantes dos bairros participantes, num total de 68 pessoas por bairro, incluem 50 marchantes, porta-estandarte, oito músicos (conhecidos como “Cavalinho”), o par de padrinhos e mascotes, cinco aguadeiros, além do ensaiador e do organizador da marcha de cada colectividade. A criatividade inovadora, a exuberância e a alegria presentes nas Marchas Populares de Lisboa representam um traço profundamente marcante da cultura popular da cidade.

A candidatura implicou uma pesquisa científica de dois anos, liderada pela antropóloga Marina Pignatelli, da Universidade de Lisboa, que incluiu dezenas de entrevistas, observações nas colectividades e recolha de centenas de documentos escritos, fotográficos e audiovisuais.

A inclusão das Marchas Populares de Lisboa na Lista do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial não só reconhecerá a sua importância histórica e cultural, mas também contribuirá para a preservação e promoção desta tradição única que enriquece o património cultural português.

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