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Abastecimento de combustíveis em risco devido a greve

A greve por tempo indeterminado dos motoristas de matérias perigosas motivou falhas e interrupções no abastecimento de combustíveis um pouco por todo o país ao longo desta terça-feira, dia 16 de Abril.

Muitos postos de abastecimento encerraram por falta de combustível nos tanques na cidade de Lisboa, tal como noutros pontos do país, e os aeroportos viram o abastecimento por parte das empresas petrolíferas suspenso, o que afectou um número significativo de voos, desviados para poderem abastecer noutros aeroportos antes de chegarem ao território nacional.

Os aeroportos de Lisboa e Faro esgotaram ainda durante a manhã as reservas de combustível para abastecimento dos aviões. Ao final do dia, já depois de uma conferência de imprensa de urgência do ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, o abastecimento do Aeroporto de Lisboa foi efectuado com recurso a um comboio de camiões escoltado pela GNR desde Aveiras até Lisboa. Recorde-se que a TAP, numa situação como esta, será a companhia aérea mais afectada por esta greve, na medida em que é obrigada por lei a abastecer em Portugal as suas aeronaves, enquanto outras companhias poderão abastecer noutros destinos.

Por todo o país repetiu-se o cenário de longas filas de espera junto às bombas de gasolina, tentando o público assegurar combustível nos tanques dos seus automóveis para os próximos dias, perante a possibilidade de a situação não ser normalizada até ao fim-de-semana.

Os primeiros postos a “secar” em Lisboa foram a Prio do Bairro de São Miguel e a Galp da Avenida Gago Coutinho, seguindo-se depois dezenas de postos em toda a cidade.

Foi publicada em Diário da República, com data de 16 de Abril, uma portaria que efectiva a requisição civil dos motoristas de matérias perigosas em greve, onde pode ler-se que nos dias 16, 17 e 18 “os trabalhadores motoristas a requisitar devem corresponder aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”. Os serviços mínimos desta greve abrangem aeroportos, portos, bombeiros e hospitais, bem como 40% das necessidades diárias dos postos de abastecimento na região da Grande Lisboa e do Porto. A requisição civil, contestada pelo Sindicato dos Motoristas de Transporte de Matérias Perigosas, produz efeitos até ao dia 15 de Maio.

Pelas 19 horas, foi pelo Governo decretada Situação de Alerta de Crise Energética para garantir níveis mínimos de combustível nos postos de abastecimento.

 

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