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Um mar de plástico que é urgente combater

A Escola António Damásio e o Rotary Club Lisboa Olivais convidaram uma premiada investigadora para explicar tudo sobre o lixo marinho e os microplásticos presentes nos oceanos.

O diagnóstico é absolutamente aterrador. Estima-se que 90% do lixo marinho seja constituído por plástico e que os oceanos recebam anualmente pelo menos 8 milhões de toneladas de lixo. Os “giros dos oceanos”, como são chamadas as zonas de correntes concêntricas em cada oceano onde se acumulam toneladas de lixo, estão povoados por autênticas ilhas de lixo, ou “sopas de lixo”, como prefere chamar-lhes a investigadora e especialista em eco-biologia Ana Filipa Bessa, da Universidade de Coimbra.

Foi ela a palestrante que se encarregou de pôr o dedo na ferida e alertar uma plateia com bem mais de 100 alunos da Escola Secundária António Damásio, nos Olivais, para a existência de 51 milhões de milhões de microplásticos nos oceanos, pequenos pedaços plásticos com dimensão inferior a 5 milímetros, que resultam da degradação de peças maiores, e que terminam invariavelmente nos estômagos da fauna marinha. Em última análise, sejam ingeridos pelo plâncton ou pelas enormes baleias, existe uma certa probabilidade de acabarem no nosso prato um dia, cheios de agrotóxicos.

A cientista (porque não chamar-lhe assim) conseguiu prender a assistência a este tema tão interessante como alarmante, numa sessão em que também participaram o governador do Rotary Club Lisboa Olivais, João Cotralha, o director do agrupamento, António Pinto Cruz, e a presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, Rute Lima.

Resta fazermos também nós a nossa parte e reproduzir os conselhos mais básicos: alterar os comportamentos, reduzir o consumo de plásticos, reutilizar, reciclar. Será assim tão difícil deixar de colocar coisas na sanita ou de atirar lixo para o chão?

Para mais informação sobre este assunto, fica o desafio de visitar www.itsaplasticworld.com e assistir ao vídeo disponível (legendas em português).

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