Reportagem

Lisboa Devils preparam a época com reforço da melhor liga do mundo

resized_Lisboa Devils (1) É uma notícia de relevo para o futebol americano em Portugal: Collin Franklin, ex-jogador da NFL, chega em Novembro para reforçar a equipa dos Lisboa Devils.

Duarte Hipólito Carreira, presidente dos Lisboa Devils, reconhece que é uma novidade “muito importante” para o clube, sobretudo “pelo conhecimento que estes jogadores deixam aos colegas mas também aos treinadores”: “Em Portugal ninguém nasce com o bichinho do futebol americano, portanto é algo que temos de aprender por todos os meios possíveis, sobretudo à base da internet”.

A oportunidade de trazer para o plantel conhecimento de base eleva os Devils a outro patamar… mesmo não se assumindo como principais candidatos ao título. A competição começa no dia 6 de Dezembro.

Esta equipa com apenas três anos de existência está instalada no Campo Branca Lucas, casa do Sport Lisboa e Olivais. Todas as semanas, um plantel composto por 73 jogadores apresenta-se aos treinos à segunda e à quarta-feira à noite e ao sábado ao final da tarde. As nacionalidades variadas fazem do inglês a língua de comunicação base, ou não houvesse entre estes “guerreiros” um americano (Malcolm Gasque, running back que jogou futebol universitário nos EUA), um japonês, um brasileiro, um angolano, um são tomense e um francês, que chegou a ser internacional pela sua selecção.

Mas aquilo que está na ordem do dia é mesmo a chegada de Collin Franklin, um tight end que jogou nos Tampa Bay Buccaneers e nos New York Jets da NFL.

Equipa forjada no sacrifício e na entrega

resized_Lisboa Devils (3)Duarte Hipólito Carreira, um bancário de 34 anos, licenciado em comunicação, explica ao EXPRESSO do Oriente as razões da vinda de Collin Franklin para este país que muitos americanos desconhecerão por completo: “O Collin vem para cá porque temos um projecto atractivo, com boas condições. Temos um treinador canadiano que já treinou uma equipa campeã europeia (os Calanda Broncos da Suíça) e que dispõe de muitos contactos. E não esqueçamos que para muitos americanos somos um país quase tropical…”, refere entre risos.

Por ser uma modalidade com pouca expressão no nosso país, o presidente dos Devils afirma ser necessário um espírito de sacrifício muito grande. “Tenho amigos que me perguntam «Mas ainda vais para o treino?». Todos nós temos a nossa vida pessoal, a nossa família à espera, mulher ou namorada e filhos, alguns trabalham por turnos e têm de estar sempre a fazer trocas…”

E remata: “Muitos diriam à partida que isto não era para eles. Mas quando sair por essa porta vai ver 70 macacos, desculpe-me a expressão, cheios de vontade de estar aqui. Há uma grande ligação e espírito de compromisso”.

Duarte não esquece o papel fundamental da família na construção da equipa: “Os Devils existem tal como são hoje porque tenho a sorte de ter uma grande mulher. Antes de a equipa sair do projecto em papel sentei-me à mesa com ela, apresentei o que queria fazer e ouvi a opinião dela. Ela nunca pôs entraves! Viu que havia ali um sentido de missão. Hoje em dia é a primeira pessoa a elogiar aquilo que conseguimos construir”.

E é com um tom sentimental que fechamos esta reportagem sobre um desporto conhecido pelas placagens impiedosas. Resta-nos desejar boa sorte aos Lisboa Devils!

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