Apesar de a queda de granizo nesta altura do ano ser considerada um fenómeno normal, a dimensão da tempestade que se abateu sobre Lisboa esta segunda-feira é anormal.
Quem o diz é a meteorologista Ângela Lourenço, que em declarações à Lusa nomeou as características exageradas da tempestade de dia 21 de Março: a dimensão das pedras de granizo, a severidade e a área abrangida.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) afirma que o diâmetro das maiores pedras observadas foi “superior a 1/3 do diâmetro de moeda de um cêntimo, mas inferior ou igual ao diâmetro de moeda de cinco cêntimos”, uma dimensão que está acima do normal.
Para a meteorologista citada, o que se registou em Lisboa “foi queda de saraiva”, o que é menos comum e justifica que o chão tenha ficado coberto de branco por toda a cidade.
Para que se possa verificar o que aconteceu esta segunda-feira, vários factores têm de estar reunidos em simultâneo, resultando numa «tempestade perfeita», nomeadamente a “variação do vento em altitude ou o movimento das nuvens”.