Reportagem

XI Encontro de Concertinas

resized_Concertinas no Vale Fundão (3) A Casa do Concelho dos Arcos de Valdevez voltou a proporcionar mais uma grande festa da concertina que atraiu centenas de pessoas ao Vale Fundão.

Todos os anos se repete e todos os anos é um enorme sucesso. O XI Encontro de Concertinas reuniu no Salão de Festas do Vale Fundão mais de 400 pessoas, entre tocadore s, cantadores e numeroso público.

A iniciativa contou com o apoio da Junta de Freguesia de Marvila, como tem sido habitual. O presidente Belarmino Silva fez questão de comparecer no evento, acompanhado de vários membros do seu executivo. Também a Junta de Freguesia do Beato se fez representar por dois membros do executivo.

resized_Concertinas no Vale Fundão (9)A tarde foi “aberta” pelo Grupo Somos do Norte e pelos tocadores da anfitriã Casa dos Arcos, da melhor maneira possível: com cantigas ao desafio. O improviso e algumas tiradas humorísticas deixaram a plateia a rir à gargalhada… Dezenas de intérpretes desfilaram pelo palco “decorado” com muitas concertinas: os grupos vinham ora de perto, ora de longe, incluindo Cascais, Carenque, Catujal ou Charneca da Caparica. Muitas das presenças repetem-se ao longo das últimas edições e são presença assídua nesta grande festa, como é o caso dos Serranitos da Pampilhosa, do Verde Minho ou de tocadores a título individual como o célebre Ramiro e amigos…

Na Casa do Benfica também se toca concertina

Eduardo Domingues, um tocador com quem ficamos alguns minutos à conversa, pertence à Casa do Benfica da Charneca da Caparica e toca concertina há dois anos. Perguntamos a este transmontano da zona de Chaves o porquê de uma casa ligada ao actual bicampeão nacional de futebol ter um grupo de concertinas. A resposta parece simples: “A Casa do Benfica é como outro clube qualquer. Há vários clubes com grupos de concertinas, porque não também o nosso?”.

resized_Concertinas no Vale Fundão (13)Conta-nos que as coisas não começaram com o pé direito, porque houve alguns desentendimentos no princípio. Seja como for, a verdade é que tudo deu certo: “há seis meses que ensaiamos num espaço da Junta de Freguesia da Charneca e fazemos isto, que muito gostamos, que é tocar concertina!”.

O grupo não ultrapassa os 9 elementos porque é o número de pessoas que cabe na carrinha. O mais jovem destes tocadores chama-se Nuno Gouveia, tem 16 anos e começou a tocar logo aos quatro por iniciativa própria. Contam-nos que a particularidade do jovem tocador é tocar “ao contrário”, ou seja, com a mão esquerda. Pratica uma hora por dia, muitas vezes mais que isso, e explica-nos que os amigos acham piada, apesar de não perceberem nada dos botões…

Outros mais jovens ainda subiram ao palco no Vale Fundão, numa tarde de convívio musical que deixou toda a gente bem-disposta. A concertina foi a rainha do dia, acompanhada pelos sons de bombos e tambores, do reco-reco, dos ferrinhos ou da pandeireta. E ficou prometido mais ainda: nos dias 23, 24 e 25 de Abril a Mata do Vale Fundão acolhe mais um grande evento de promoção do regionalismo, como recordou o responsável Joaquim Brito. Estão todos convidados!

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