Reportagem

A Alma Viva do Escutismo

 

Localizados na Rua João Nascimento Costa, na Freguesia do Beato, encontram- se a Casa do Escuteiro II e o Museu do Corpo Nacional de Escutas (CNE). Dois espaços, concentrados no mesmo edifício mas separados pela história, já que na Casa do Escuteiro reúne-se a nova geração de escuteiros e no Museu encontra-se todo o espólio da história do escutismo.

Com novas instalações, a Casa do Escuteiro II, criada em 2012, foi projectada para servir de hospedagem aos grupos de escuteiros visitantes e de zona de estudo, dispondo de um auditório para 50 pessoas, no qual os grupos do Corpo Nacional de Escutas podem realizar reuniões e os mais diversos encontros. O espaço dispõe ainda de 32 beliches, espalhados por seis quartos, dois balneários (um feminino e outro masculino), uma cozinha totalmente equipada e sala de convívio.

No andar de baixo, encontra-se o Museu do CNE, que reúne toda a história do Escutismo Nacional Católico, desde 1923. Uma oportunidade para os visitantes conhecerem Baden Powell, o

mentor do movimento de escutas, os fundadores nacionais do escutismo, os chefes nacionais condecorados, a evolução das bandeiras e dos uniformes desde os primórdios da actividade até aos dias de hoje, as insígnias utilizadas pelas patrulhas de escuteiros nacionais, e descobrir, através de uma exposição, como foi vivido o escutismo em Angola e em Moçambique.

Um espólio que deixa orgulhoso Jorge Câmara, escuteiro desde os 25 anos e responsável pelo Museu: “Vou completando esta exposição pouco a pouco e estou muito contente com o trabalho que tenho desenvolvido. Este ano a nossa associação faz 90 anos e é preciso contar a nossa história.”, referiu aoEXPRESSO do Oriente.

Na cave, o último piso do espaço, cuja propriedade é da Câmara Municipal de Lisboa, encontra-se o Depósito de Material e Fardamento do Corpo Nacional de Escutas. Presente nesta visita esteve Víctor Marques, escuteiro há 54 anos e actual Presidente da Comissão Eleitoral Regional de Lisboa dos Escuteiros, que aproveitou a ocasião para contar um episódio engraçado passado em África, e onde teve que fazer “uma revolução na secretaria pois eles não sabiam a quantas andavam, nem sequer tinham a noção do número de elementos que se encontravam no evento”.

O Museu do Escuteiro representa a alma viva do escutismo e pode ser visitado, apenas, através de marcação prévia.

Sob o lema “Sempre alerta para servir”, o Corpo Nacional de Escutas continua a formar crianças e jovens a partir dos 6 anos e até aos 11, denominam-se “Os Lobitos”, dos 12 aos 14 são os “Exploradores”, entre os 15 e os 17 anos têm a designação de “Pioneiros”, enquanto dos 18 aos 22 passam a “Caminheiros”. A partir dessa idade os escuteiros poderão continuar a sua caminhada formando-se Dirigentes, que podem ser Chefes de Unidade, de Agrupamento, de Núcleo, Regionais e Nacionais.

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