Reportagem

Três Menções Honrosas na Fundação Mário Soares

No Auditório da Fundação Mário Soares, três investigadores viram as suas dissertações distinguidas com uma menção honrosa na cerimónia de atribuição do Prémio Fundação Mário Soares – Fundação EDP.

Num dia caro para a Fundação Mário Soares e para todos os que tinham carinho ao antigo Chefe de Estado – o dia do seu nascimento, a 7 de Dezembro – a Fundação com o seu nome e a Fundação EDP entregaram três Menções Honrosas em lugar do habitual prémio.

Os três autores premiados com a menção honrosa são: Gonçalo Manuel Ferreira dos Santos Antunes, Maria Inês Martins Birrento do Nascimento Rodrigues e Vasco Miguel Nóbrega Soares Martins. As dissertações distinguidas abordam, respectivamente, políticas sociais de habitação no concelho de Lisboa, o massacre de 1953 em São Tomé e Príncipe e a etnicidade moderna em Angola. Os estabelecimentos de ensino superior abrangidos pelo prémio são, respectivamente, a FCSH da Universidade Nova de Lisboa, a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e o ISCTE, em Lisboa.

Em declarações ao nosso Jornal, Miguel Jerónimo, docente universitário e presidente do Júri, resume: “Há decisões que são difíceis e o Júri deliberou que a melhor forma de fazer justiça à qualidade dos trabalhos era atribuir três menções honrosas. O que é mais importante é que são trabalhos de enorme qualidade, dentro da sua própria área de estudos. Este Prémio precisa de continuar. É um dos poucos prémios em Portugal que estimula uma nova geração de pensadores do país, da nossa História e da nossa relação com outros povos e culturas de forma crítica e aprofundada”.

Por seu turno, Isabel Soares, presidente da Fundação com o nome do pai, assinala: “Este Prémio visa estimular a História portuguesa do século XX. Como dizia há pouco o engenheiro José Manuel dos Santos, sem memória não há futuro. É bom termos o conhecimento da História para que não se repitam certas situações menos positivas. Tivemos mais uma vez o privilégio da colaboração de vários docentes universitários, como sempre um Júri fantástico, tivemos candidatos com dissertações de doutoramento extraordinárias, de muita qualidade, e é sempre um grande orgulho para nós”.

Por último, José Manuel dos Santos, administrador e director cultural da Fundação EDP, registou “o gosto e a honra” daquela fundação em estar associada ao Prémio Fundação Mário Soares: “Temos uma longa parceria, que não foi só em relação a este Prémio, mas em muitas outras actividades, e portanto consideramos que está integrado no nosso programa cultural o apoio a estes jovens investigadores que apresentam trabalhos originais sobre a História contemporânea do nosso país. Isso honra a memória de Mário Soares e torna disponível um maior conhecimento sobre o nosso país, sobre quem somos e o que queremos ser. É um instrumento fundamental para aqueles que querem agir num mundo tao complexo e contraditório. Só com o conhecimento das realidades é que podemos agir, no sentido daqueles ideais a que Mário Soares dedicou a sua vida: os da liberdade e da democracia, da paz, da concórdia, do progresso e da justiça social”.

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