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Palácio da Ajuda deverá custar o dobro

O orçamento para as obras no Palácio Nacional da Ajuda foi revisto em alta, passando a custar praticamente 30 milhões de euros.

Inicialmente projectadas para custar 15 milhões, as obras que vão concluir o Palácio Nacional da Ajuda são agora estimadas em 29,7 milhões de euros, segundo uma proposta aprovada em Julho em reunião de Câmara e debatida esta semana na Assembleia Municipal de Lisboa.

Recorde-se que o monumento nacional nunca ficou concluído, mesmo contando já 200 anos de idade, daí a importância capital de um projecto que vai dotar o Palácio Nacional da Ajuda de uma fachada ocidental, onde abrirá ao público a exposição do Tesouro Real. Esta vai consistir num percurso expositivo circular, entre o 3.º e o 4.º pisos do novo edifício, albergando 900 exemplares de joalharia real, 830 de jóias do quotidiano e pratas utilitárias e decorativas que pertenceram à casa real portuguesa, entre outros elementos.

Segundo a informação agora divulgada, os custos (que já tinham derrapado para 21 milhões de euros em Março do ano passado) vão custar 26,5 milhões de euros, a que se somam 3,2 milhões para arranjos na Calçada da Ajuda. O montante será proveniente do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, que vai buscar receitas à taxa turística, além de contribuições do Ministério da Cultura (os mesmos 4 milhões já anunciados) e da ATL – Associação de Turismo de Lisboa (que passou de 5 para 7,5 milhões).

O aumento da verba prende-se com a revisão do preço base do concurso e o aumento dos custos de materiais e mão-de-obra.

Em resposta à notícia de que a Câmara Municipal de Lisboa tinha desistido de um museu vocacionado para os Descobrimentos, avançada em primeiro lugar pelo Jornal Público, o próprio Município esclarece que “A CML continua totalmente empenhada em assegurar a criação do Museu da Descoberta, não existindo qualquer abandono ou secundarização do projecto, ao contrário do que a manchete e a notícia do Publico de hoje fazem crer. A proposta de Câmara que serve de base à notícia do Público trata simplesmente da reprogramação de verbas do Fundo de Desenvolvimento Turístico entre projectos que se encontram em pontos de execução diferentes. Quando o futuro Museu da Descoberta estiver em fase de execução mais avançada, nomeadamente, em fase de obra, naturalmente que verá alocadas as verbas necessárias”.

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