Reportagem

A Matemática não é um bicho de sete cabeças!

resized_Duarte Correia - Prémio Pangea (4) Fomos conhecer o Duarte Correia, um aluno de 13 anos para quem a Matemática não é um problema.

Mas isso é dizer pouco… de facto, o Duarte conseguiu a proeza de vencer o Pangea, um concurso de Matemática que está presente em 17 países e no qual participam anualmente mais de 250 mil alunos, entre o 3.º e o 10.º ano de escolaridade.

Neste caso, e aproveitando a temática dos Jogos Olímpicos que vemos todos os dias, o nosso jovem amigo arrecadou o ouro relativo ao 7.º ano, na Zona Sul, para o ano letivo de 2015-2016. Como prémio, recebeu 100€ do Pangea e, mais tarde, 300€ da Junta de Freguesia dos Olivais, onde estudou até aqui, para gastar em material didáctico.

Duarte Correia é um adolescente igual a tantos outros, mas com a particularidade de ter um percurso escolar exemplar. Caça pokémons, ouve Rádio Comercial, gosta de ver filmes e programas de Ciência na televisão, é adepto do Sporting e frequentador assíduo do estádio. Passou para o 8.º ano com uma folha cheia de cincos e quatros; mais precisamente, teve nota 4 nas disciplinas de Educação Tecnológica, Educação Visual e Educação Física. O resto foi tudo corrido a cincos!

Falamos com ele após um mês inteiro de férias em Dornelas do Zêzere, concelho da Pampilhosa da Serra, onde passava as tardes na piscina fluvial com amigos. “A minha disciplina preferida é Fisico-Química. Interessa-se porque explica como as coisas funcionam”. No 7.º ano, aprendeu sobre a gravidade, a matéria, as estrelas e os planetas… Ainda não tem nenhuma carreira em vista, mas gostava de seguir precisamente a área da Física.

“Já tinha participado no Concurso Pangea no 6.º ano e até passei à final, mas fiquei em 3.º lugar”, continua Duarte. Este ano acabou em 1.º lugar e conta que sentiu alguma pressão quando viu que “o tempo ia acabando e ainda me faltava uma pergunta”. Quanto à dificuldade do concurso, opina: “As primeiras perguntas são quase intuitivas, são mais fáceis. As últimas perguntas exigem cálculos muito mais complicados. Estava um pouco nervoso mas consigo controlar bem os nervos.”

Um pai orgulhoso

Não resistimos a perguntar ao pai, ali sentado ao nosso lado, se também era bom aluno a Matemática: “Era”, responde Fernando Correia. “Sou engenheiro e militar, gostava da Matemática, a mãe do Duarte também foi uma excelente aluna na área da Economia… A Matilde [a irmã mais nova] tem apenas 6 anos e vai entrar este ano para a escola, vamos ver como se sai”.

resized_Duarte Correia - Prémio Pangea (12)Fernando revela que o filho manifestou desde cedo “uma apetência natural para o raciocínio matemático e a memorização das coisas”. “A grande valia dele é que consegue absorver tudo. Quando líamos uma história à noite e saltávamos alguma página para adiantar a coisa, se ele já conhecia aquele livro, notava logo e obrigava-nos a voltar atrás. O Duarte não se fica pelo que vem no programa escolar, tem curiosidade e gosta de ver programas e ler sobre os assuntos que lhe interessam”, descreve.

Fernando Correia considera muito positivo o reconhecimento público da Escola das Piscinas e da Junta de Freguesia dos Olivais, “até pelo que significa de exemplo para os outros alunos”, e não esconde o “orgulho de pai, como é evidente”.

Quanto a conselhos para os outros estudantes, o nosso jovem amigo tem dois ou três trunfos na manga: “Tento preparar-me bem para os testes. Normalmente não passo muitas horas a estudar fora dessa altura, mas é muito importante rever a matéria e estar com atenção nas aulas, para não ficar nada que não perceba”.

Felicidades para o futuro!

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