Sociedade

Arquivo Municipal de Lisboa / Fotográfico assinala Dia Mundial da Fotografia

Para assinalar o Dia Mundial da Fotografia, o Arquivo Municipal de Lisboa/Fotográfico vai promover no próximo dia 19 de Agosto, duas oficinas ligadas à preservação e conservação de fotografia e receber a apresentação do fotolivro ‘Isolation’ de Flávio Andrade.

Na primeira oficina, Margarida Duarte irá abordar as noções básicas de preservação, conservação e restauro, e na segunda oficina irá focar-se nas técnicas de preservação, conservação e restauro de negativos em vidro. A participação é gratuita mas limitada a 10 inscrições para cada oficina, sendo necessário fazer marcação prévia através do e-mail: arquivomunicipal.servicoeducativo@cm-lisboa.pt.

A apresentação do foto-livro ‘Isolation’ de Flávio Andrade, que terá lugar às 19h00, também na Rua da Palma 246, estará à cargo de Susana Paiva, a que se seguirá uma conversa aberta com o autor e o público.

Este foto-livro, composto por 61 fotografias a sépia, conta com o prefácio de Maria do Carmo Serén e foi inspirado na realidade sobre o isolamento provocado pelo estado de emergência para fazer face à situação excepcional de saúde pública mundial e à proliferação de casos registados de contágio de COVID-19 em Portugal.

“Após a releitura de ‘A Era do Vazio’, de Gilles Lipovetsky, refleti sobre a sociedade individualista dos anos setenta do século XX, de que Lipovetsky descreve e a forma como vivemos e pensamos neste século XXI. Esse lugar narcisista e egocentrista onde o eu é o lugar-comum e que, parece ter-se intensificado ao longo dos anos; aprisionados, em nós próprios, sem podermos fazer o que desejamos, como se estivessemos numa cela, condicionados; sem a liberdade de circular, conviver, viajar e partilhar ao vivo e em tempo real. Senti uma certa resignação, do que somos, queremos e fazemos. Onde está o lugar do outro? Da partilha, da solidariedade? Vivemos vidas paralelas – Aquela que pensamos e aquela que nos é possível ser. Potenciados pelo confinamento, numa vivência superficial e virtual, em muitos casos, o isolamento obriga-nos a experimentar os nossos limites físicos e psicológicos, obrigando-nos a pensar sobre a existência e as incertezas do amanhã. Isto leva-nos para determinados sentimentos e comportamentos, aqui recriados fotograficamente, em auto-retrato.

Isolation, veio a revelar-se uma surpresa, pela possibilidade de, mesmo confinado a quatro paredes, existir uma libertação emocional que ultrapassou a barreira física. Estas fotografias são a minha visão, do que eu sinto, do que outros sentem e, ou, sentiram, nestes momentos que todos vivenciamos”, conta-nos Flávio Andrade.

A celebração do Dia Mundial da Fotografia tem a sua origem na invenção do daguerreótipo, um processo fotográfico desenvolvido por Louis Daguerre (1787-1851) em 1837, mas que só foi anunciado pela Academia Francesa de Ciências em janeiro de 1839. A 19 de Agosto do mesmo ano, o governo francês considerou esta invenção de Daguerre como um presente “grátis para o mundo”.

Outro processo fotográfico – o calótipo, inventado também em 1839 por William Fox Talbot (1800-1877), fez com que o ano de 1839 fosse considerado o ano da invenção da fotografia.

As oficinas e a apresentação do livro irão decorrer no Arquivo Fotográfico, na Rua da Palma, 246, em Lisboa, e seguirão todas as normas decorrentes das medidas de prevenção do coronavírus Covid-19, impostas pela Direção Geral da Saúde (DGS).

Saiba mais em: http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/pt/eventos/dia-mundial-da-fotografia-2021/

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