Reportagem

Marvila dos Sabores

Pelo terceiro ano consecutivo, realizou-se o Marvila dos Sabores, com um cartaz de espectáculos repleto de animação. Decorreu de 17 a 19 de Junho, junto ao ISEL,e como já vem sendo habitual o certame trouxe gastronomia tradicional, artesanato e muita música.

Este evento não é somente uma festa de lazer e entretenimento, mas acima de tudo um espaço cultural, dando a conhecer a gastronomia regional portuguesa, o artesanato local e nacional e as instituições marvilenses, com os mais diferentes produtos. O tema escolhido para este ano foi Marvila Empreendedora e de acordo com Jorge Máximo, representante da Junta de Freguesia, esta iniciativa visa “divulgar a riqueza e diversidade cultural dafreguesia e valorizar a cidadania participativa”, para além da componente tradicional. “Temos stands de empresas que são o exemplo do empreendedorismo na freguesia”.

O Comilão foi a mascote do evento e na sua tenda também existia um espaço dedicado ao empreendedorismo, direccionado para a pequenada. “Foi lançado um concurso às escolas da freguesia para que ajudassem o Comilão a abrir o seu próprio negócio”. Por entre as tendas e a par de instituições como a Junta de Freguesia do Beato, ACULMA, Cerci Lisboa, Bombeiros do Beato, Centro Social Paroquial Maximiliano Kolbe e Nuclisol Jean Piaget, encontrava-se um pouco de tudo, desde bijutarias, artigos de decoração, quadros, carteiras feitas à mão e para os mais gulosos havia deliciosos pitéus como bolas de berlim de chocolate, doces da avozinha, doce Teixeira, pão-de-ló de chocolate, ginjinha de Óbidos e cerejas do Fundão.
Sandra Viegas está a participar pela primeira vez neste certame com uma tenda de artesanato e revela-se satisfeita com a adesão que a feira está a ter. Contudo considera que nos anos anteriores estava melhor organizado. “Costumava cá vir como visitante e notei que este ano concentraram as tendas todas num só local deixando ficar pouco espaço para as pessoas se movimentarem à vontade, sem falar que estamos distanciados do resto.”
No recinto não passam despercebidos ao público os maravilhosos aromas que pairavam no ar, desde pipis, porco no espeto, caracóis, caldo verde, a tradicional sardinha assada e muito mais. A Associação Guineense repetiu a sua participação e levou os mais variados paladares daquele país africano. Os sabores brasileiros também marcaram presença e a população pôde deliciarse com os típicos churrascos regados com as belas caipirinhas.
No meio de tanta gente, o EXPRESSO do Oriente foi encontrar Anabela Santos, uma visitante que veio do concelho vizinho, Sacavém, especialmente para o Marvila dos Sabores. Na mesa tinha um prato de caracóis acompanhado pela cerveja bem fresquinha. “É a primeira vez que cá venho. A minha nora é que costumava cá vir e de tanto me falar desta festa decidi experimentar e posso dizer que estou a adorar o ambiente e sobretudo a comida, aliás, acho que vou repetir.” Ao longo dos três dias não faltou animação musical com a participação de vários Ranchos Folclóricos, grupos de Cavaquinhos, da Tuna feminina do ISEL, de danças regionais e muito mais.

O tradicional desfile da Marcha de Marvila e do Beato reuniu milhares de pessoas mas foi o projecto musical “Há música em Marvila” o ponto alto da festa, ao agrupar cerca de 100 músicos em palco. Uma iniciativa que vem no seguimento do programa “Marvila é uma responsabilidade de todos” e que juntou em palco a ACULMA, o Coro Paroquial de Santa Beatriz, O Grupo de Violas da Junta de Freguesia de Marvila e Sam The Kid. “Estilos diferentes como a música clássica, de coro, os violinos e o hiphop juntam-se para mostrar que é possível fazer boa música”, explica Jorge Máximo.

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One Comment

  1. Parabens pela iniciativa! morador dos Olivais estive la, lanchei, comprei cerejas e vi espectaculos interessantes.
    Permitam-me 2 criticas:
    1 – as barraquinhas estavam confusas. Por exemplo a “Tasca do Brasil” anunciava “Caracóis” “Caipirinha” e Cachupa! Que confusão!! nao poderia vender so caipinha e pratinhos de feijoada à brasileira? e haver outra de Cavo verde a vender cachupa? e porque não uma de Angola a vender pratinhos de Muamba? e uma Tasca “Lisboa” ou Tasca “Marvila de Ouro” a vender caracois, pasteis de bacalhau e peixinhos da horta ou sardinhas!!!
    2 – As mesas e as cadeiras eram invadidas de sol durante a tarde, até as 20h00! Tornava incomodo restar la sentado!Poderiam ser colocadas no lado contrario!
    Outa sugestão: porque nao um carrocel, um carrinhos de choque para os mais novos! E um stand de matraquilhos?
    Parabens e continuem

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