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Pílula e três vacinas sem comparticipação do Estado

O Estado vai deixar de comparticipar a venda das pílulas anticoncepcionais e das vacinas contra o cancro do colo do útero, hepatite B e contra a estirpe do tipo B do vírus da gripe. No entanto estes medicamentos continuam a ser gratuitos nos Centros de Saúde.

O Ministério da Saúde divulgou recentemente uma lista de medidas que visa a redução de despesas no sector, onde consta a decisão de deixar de comparticipar a pílulas e as vacinas do cancro do colo do útero, hepatite B e contra a estirpe do tipo B do vírus da gripe. A vacina contra o cancro do colo do útero, cervarix, passa a custar 127 euros por dose, em vez dos actuais 80 euros. As pílulas que custam actualmente 5, 57 euros, passam para os 18 euros. O ministro Paulo Macedo sugere ainda a redução da comparticipação da associação de medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores, de 69 para 37 por cento. O Governo espera assim poupar cerca de 110 milhões de euros até 2013.
Carlos Braga, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, já contestou esta decisão por considerar tratar-se de uma medida desumana e penalizadora para os utentes, afirma ainda que o Estado não está a ter em conta a saúde das pessoas e a sua situação económica e social.
A Associação para o Planeamento Familiar alerta ainda para o facto de que o fim da comparticipação da pílula e da vacina contra o vírus do cancro do colo do útero poderá vir a aumentar o recurso ao aborto. Recorda ainda que é frequente os Centros de Saúde entrarem em ruptura de stock de pílulas, sem falar que existem barreiras para o acesso a estes métodos contraceptivos.

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