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Projecto para um novo Miradouro de Santa Catarina

A Câmara Municipal de Lisboa promoveu uma sessão pública de apresentação do projecto previsto para o Miradouro de Santa Catarina, também conhecido pelo Adamastor.

A zona está no centro de um intenso debate em torno da solução para o local, esgrimindo-se argumentos entre os que defendem maior segurança no local, os que rejeitam qualquer solução que implique a colocação de vedações, ou até os que gostariam de manter o espaço tal como está, multiplicando-se as opiniões entre os lisboetas.

O projecto foi apresentado esta semana no Liceu Passos Manuel, cujo auditório se encheu para ouvir falar o presidente da Câmara, Fernando Medina e os autores do projecto (do atelier de arquitectura Proap). Também participaram na sessão o vice-presidente da Câmara, Duarte Cordeiro, a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira, e representantes da PSP.Recorde-se que, como foi amplamente noticiado nos últimos meses, o local é pródigo em problemas de insegurança, sendo frequentado por traficantes de droga; outro dos problemas prende-se com o ruído no período de descanso que perturba os residentes, para além do horário de funcionamento do quiosque. A Câmara procedeu à vedação do espaço em Julho de 2018, justificando a decisão como medida de protecção do espaço verde e de higiene pública.

 

A intervenção no talude do Jardim do Adamastor vai resultar na plantação de arbustos para recuperar o espaço verde existente, no aumento da zona de estadia com a colocação de blocos de pedra lioz, e na colocação de uma vedação para impedir o acesso e evitar a sua degradação. O espaço verde será dotado de irrigação através de sistema gota a gota.

Na sua intervenção, Fernando referiu o objectivo de chegar a uma solução de equilíbrio que garanta mais segurança, melhor iluminação e um comércio dinâmico no local, manifestando abertura por parte do Município para acolher as propostas do público, não deixando de reiterar a prioridade de proporcionar maior qualidade de vida aos moradores da zona.

As participações dos munícipes prolongaram bastante a sessão, que se desenrolou por várias horas, e revelou a preocupação com o acesso gratuito ao espaço que oferece uma vista privilegiada sobre o rio Tejo, além de proporcionar um encontro e um intercâmbio de gente de várias origens e estilos de vida. Fernando Medina esforçou-se por garantir que o espaço não será entregue a privados.

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