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Parlamento suspende linha circular do Metro de Lisboa

No âmbito da votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), o Parlamento aprovou a suspensão do construção da linha circular do Metro de Lisboa.

A proposta foi apresentada pelo PCP e pelo PAN, embora com diferenças entre si. A proposta do PCP justificava a suspensão do projecto com a prioridade da extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa e para Loures; foi aprovada com os votos a favor do PSD, BE, PCP, CDS, PAN e Chega, a abstenção da Iniciativa Liberal e o voto contra do PS. A proposta do PAN, que advoga a realização de um estudo técnico e de viabilidade económica para fazer uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a linha circular, além dos estudos técnicos também para Loures, contou com os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e da Iniciativa Liberal e a abstenção do CDS. Esta proposta obriga ainda o Governo a realizar obras nas estações que necessitam de intervenção, sobretudo devido às infiltrações.

Recorde-se que a proposta do OE2020 apresentada pelo Governo previa um total de 210 milhões de euros para custear as obras de expansão da rede do Metro de Lisboa – constituindo uma linha circular com as novas estações da Estrela e Santos – com início previsto para o segundo semestre deste ano.

A reacção do Governo não se fez esperar. Depois de o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares Duarte Cordeiro ter criticado duramente o PSD, classificando a atitude do partido no debate orçamental como “uma completa irresponsabilidade”, o ministro do Ambiente, João Petro Matos Fernandes, proferiu declarações à imprensa em que afirmou, também apontando baterias ao PSD em particular: “A decisão de suspensão da construção da linha circular é uma decisão irresponsável que lesa profundamente a cidade de Lisboa e a sua área metropolitana, que põe em causa o princípio da separação de poderes e que adia por três anos qualquer obra de expansão do Metro”. O governante afirmou ainda que “Adiar por três anos significa perder 83 milhões de euros de fundos comunitários”.

Já o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, declarou à Lusa que a suspensão da construção da linha circular é uma decisão “gravíssima” e que vai adiar por muitos anos a expansão do Metro de Lisboa. O autarca manifestou ainda o desejo de ver a decisão revertida.

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