D. Manuel Clemente presidiu à dedicação e inauguração da nova Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no Parque das Nações, num evento em que participaram largas centenas de pessoas.
Nasceu uma nova igreja na freguesia mais nova da cidade de Lisboa. A Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes foi inaugurada na tarde do dia 30 de Março, com Missa de Dedicação do templo presidida por D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa.
Um farol que aponta o caminho
O tema evoca o mar e os marinheiros, imortalizados pela Expo 98, e que servem de inspiração a todo o território da freguesia do Parque das Nações. A arquitectura circular faz a assembleia convergir para o centro, onde está o altar, ponto fulcral de qualquer celebração litúrgica. Este é um ponto destacado pelo Padre Paulo Franco, responsável pela paróquia desde 2005, que elogia a escolha de dispor os bancos e dos espaços em torno do altar, ao invés da “disposição clássica em filas paralelas”. A nova igreja tem capacidade para 700 lugares sentados.
A torre de cerca de 40 metros emerge imediatamente à vista dos visitantes, constituindo-se quase como um farol. Os olhos de quem passa recaem depois naturalmente sobre a entrada, em forma de cruz. Além do templo destinado ao culto, existe ainda um complexo paroquial com as infra-estruturas necessárias ao funcionamento dos vários grupos da comunidade paroquial, bem como equipamentos sociais para servir a comunidade local. No total, a obra custou cerca de três milhões de euros, um encargo suportado pela paróquia, que teve de reequacionar o projecto inicial de forma a reduzir os custos.
Ansiedade e orgulho pela chegada do grande dia
Para os paroquianos, esta é uma notícia muito aguardada. As actividades paroquiais e as celebrações da eucaristia eram realizadas em espaços muito reduzidos. Chegou a utilizar-se a Escola Secundária, primeiro, e um antigo pavilhão, depois. A comunidade cresceu, os grupos e movimentos paroquiais multiplicaram-se e urgia dotar a Paróquia do Parque das Nações de um templo digno e à medida da dimensão da sua comunidade.
Para Rita Puppe dos Santos e Isabel Travanca, 
Escuteiras do Agrupamento 1100 do Parque das Nações, a festa da inauguração é vivida com um enorme orgulho: “é o culminar de um grande esforço, de um construir algo novo, uma transformação apenas possível devido ao grande espírito de comunidade”, aponta Isabel Travanca. Conta, em seguida, que nem sempre foi fácil o processo de transição de Moscavide para o Parque das Nações, sobretudo devido à exiguidade do espaço, mas que isso só vem contribuir ainda mais para a alegria do momento que agora se vive. “A comunidade cresceu imenso e temos um grande orgulho nesta inauguração. Foi feita para nós, mas também por nós”, completa Rita Puppe dos Santos.
