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Nascem hortas nas escolas de Lisboa

Este ano “germinaram” mais três hortas em escolas das freguesias de Campo de Ourique e Estrela. Os alunos da cidade têm agora a oportunidade de acompanhar a natureza, mesmo no centro de Lisboa. A iniciativa foi impulsionada a partir das Escolas Josefa de Óbidos e Ressano Garcia, em 2019. Este ano, a boa prática estendeu-se às escolas do Agrupamento Manuel da Maia, num raio de 400 metros.

O projecto “Germinar um banco de Sementes”, desenvolvido pela associação Margens Simples com o apoio do programa BIP/ZIP da Câmara Municipal de Lisboa, visa a criação de um banco de sementes a partir do espaço escola, envolvendo a comunidade local e acessível a qualquer cidadão do território nacional. Com o objectivo de educar para uma cidadania activa na construção de uma sociedade mais conhecedora do seu património natural, de formas de consumo sustentáveis e de mecanismos de economia colaborativa, o compromisso é claro: sensibilizar os decisores de amanhã para a salvaguarda do património genético e dotá-los de conhecimento e capacidade activa na construção de um futuro mais sustentável.

O projecto desenvolve-se em várias actividades, dentro e fora do espaço escola, envolvendo directamente os alunos, professores, educadores e a comunidade local. Mais concretamente são realizadas acções de formação e de sensibilização para um público de 441 alunos – 2.º e 6.º ano – das Escolas de 1º ciclo Ressano Garcia, Vale de Alcântara, Fernanda de Castro e das Escolas Secundárias Josefa de Óbidos e Manuel da Maia. Os alunos podem assim aceder a conteúdos que versam em torno de temas sobre plantas, ecossistemas e agroecologia, integrados no seu programa lectivo. A par dos conteúdos teóricos dos seus programas escolares, com estas aulas que ocorrem dominantemente no exterior, aprendem a partir de exercícios práticos.

Nestas escolas foram criados espaços físicos – estufins para a germinação e hortas em camas elevadas – onde as sementes germinam e crescem nos pátios. Os alunos estão em contacto directo com a terra e são envolvidos desde a fase de planeamento e construção até à gestão e recolha das sementes. Além das actividades “com as mãos na terra”, o programa complementa-se com exercícios de ilustração científica, para que os mais novos possam olhar a natureza de forma atenta, e actividades de cariz artístico em que produzem toalhas e pratos para o banquete final a realizar.

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