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Museu do Oriente mostra a “Índia visual”

O Museu do Oriente promove um ciclo de conferências intitulado “A Índia Visual”, que começou a 25 de Janeiro e termina a 29 de Novembro, com entrada livre. O EXPRESSO do Oriente assistiu a uma das sessões.

O objectivo é colocar em diálogo as perspectivas de diferentes áreas como a antropologia, a arquitectura e a fotografia sobre a Índia, através das respectivas recolhas de imagens, proporcionando uma partilha de ideias em torno da cultura visual da Índia, na qual o público é também convidado a participar.

Esta é a descrição que o próprio Museu do Oriente oferece para despertar o interesse do público, convidando a “pensar a cultura visual na Índia como ponto de partida para a reflexão de temáticas como a arte, religião, política, consumo, género, publicidade e media”.

No dia 31 de Maio, passámos pelo Museu, instalado na Rua da Cintura do Porto de Lisboa, e assistimos a uma mesa redonda que contava com Rosa Maria Perez, antropóloga e investigadora do CRIA-IUL (Centro em Rede de Investigação em Antropologia – Instituto Universitário de Lisboa), Nuno Grancho, arquitecto do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e Nuno Lobito, fotógrafo e viajante profissional, auto-proclamado primeiro português a visitar todos os países do mundo. Os convidados foram moderados por Filipe Reis, antropólogo e investigador do CRIA-IUL.

A professora Rosa Perez abordou temas como as desigualdades sociais e de género, focando projectos que desenvolveu na região desértica do Gujarate, em Ahmedabad e Dasada, “uma Índia não fotogénica, nem telegénica, nem sonogénica”, de pessoas iletradas, sem água e presas num ciclo de pobreza.

O arquitecto Nuno Grancho apresentou desenhos de Fernando Távora e Álvaro Siza Vieira de monumentos e paisagens indianas, com destaque para a cidade de Diu.

O fotógrafo Nuno Lobito exibiu alguns dos seus trabalhos na Índia, um país que, confessa, adora visitar (e fá-lo com frequência): Daipur, Jaipur, Pushkar, Manali, Talguri…

Na plateia, cerca de 40 pessoas interpelaram os convidados e ofereceram a sua própria opinião sobre esta “Índia a várias lentes”, num intercâmbio que incluiu o contributo de indianos presentes na sala.

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