Reportagem

Penha de França vai rejuvenescer

O Plano de Urbanização do Vale de Santo António foi finalmente aprovado na Assembleia Municipal de Lisboa. Um projecto que abrange as Freguesias de S. João e de Santa Engrácia, mas é sobretudo na da Penha de França que terá um maior impacto. Este novo espaço será decerto um pólo dinamizador para toda a cidade.

O Plano de Urbanização do Vale de Santo António começou a ganhar forma em 2002 e desde então tem sofrido diversas alterações e passado por diversos executivos até que, passados quase 10 anos, foi finalmente aprovado em Assembleia Municipal. O Vale de Santo António, com uma área de 48 hectares res irá surgir entre a Avenida Mouzinho de Albuquerque e a Avenida General Roçadas abarcando maioritariamente a Freguesia da Penha de França e uma parte de São João e de Santa Engrácia. Numa altura em que Lisboa tem vindo a perder população e nomeadamente a Penha de França, este projecto vai trazer “uma nova vida à freguesia e por sua vez à cidade, pois atrai população e desenvolvimento ao comércio envolvente”, refere Elisa Madureira, presidente da Junta de Freguesia da Penha de França. O Vale de Santo António vai transformar um espaço devoluto e abandonado num local habitável e vai ao mesmo tempo “criar infra-estruturas que não existiam na freguesia”.
Neste espaço será construída uma área habitacional, onde uma pequena parte será reservada a habitações de custos controlados, uma área de comércio, 2570 lugares de estacionamento público com a criação de três silo-auto de pequena dimensão, bem como um parque urbano com espaços de recreio e lazer. No que diz respeito a equipamentos desportivos está prevista a construção de um campo de jogos; um pavilhão gimno-desportivo; um edifício que será sede de duas colectividades das freguesias envolvidas e um edifício municipal do departamento do desporto, que irá albergar as salas das federações e associações desportivas. Em termos de equipamentos educativos e sociais está prevista a construção de um jardim-de-infância; um Centro de Dia; um Centro de Saúde; uma Unidade de Cuidados Continuados e um Lar de Idosos. O edifício da Junta de Freguesia da Penha de França será igualmente instalado nesta nova área. “Há ainda espaço para a construção de uma Igreja e Centro Paroquial e a Câmara Municipal de Lisboa reservou uma área para um possível, caso seja necessário, realojamento das cerca de 100 famílias que habitam as Torres do Alto da Eira. É muito importante que tenha ficado reservado porque não fazia parte do plano”, refere a presidente.
De entre as infra-estruturas que constam do plano, Elisa Madureira considera que o Centro de Saúde é prioritário “porque não temos um Centro de Saúde o que obriga a população a deslocar-se à Freguesia dos Anjos para ser atendida. Estamos a falar de uma freguesia maioritariamente com pessoas de idade com algumas dificuldades para se deslocar”.
Em relação às futuras instalações da Junta de Freguesia a autarca salienta que “se antes era necessário, hoje mais do que nunca faz todo o sentido. Este seria um espaço com melhores condições e que vai ao encontro das nossas necessidades, especialmente após a junção da Freguesia de S. João à da Penha de França, tal como está previsto na reforma administrativa”.

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