Sociedade

Cinco décadas de Cultura na Sala de Convívio do Lote 398

Fundada em 1976, a Sala de Convívio do Lote 398 da Rua Vila de Catió, nos Olivais, permanece activa na dinamização cultural. Celebrou em Dezembro mais um aniversário com uma sessão muitíssimo animada!

São 50 anos a contar desde 1969, ano que se deu início a um conjunto de iniciativas que viriam a concretizar a criação de um projecto associativo. No auditório da SFUCO, a Sala de Convívio do Lote 398 reuniu condóminos, vizinhos, familiares e amigos para uma tarde cultural memorável. Foi uma tarde poética, teatral e claro, musical, ou não se estivesse numa casa onde a música pontifica há mais de um século…

O presidente da direcção, Fernando Murta Rebelo, reflectiu numa intervenção inicial sobre os perigos de uma sociedade desumanizada e referiu como antídoto aquilo que o grupo de condóminos pratica há 50 anos: as relações de boa vizinhança, potenciadas através da Cultura, da Arte e do Espectáculo.

Depois de serem recordados os condóminos que já nos deixaram, três senhoras poetisas subiram ao palco para declamar poemas da sua autoria e não só, incluindo versos sobre o Natal e sobre os espaços dos Olivais, como o Coreto de Olivais Velho ou o Vale do Silêncio, “onde ainda se podem escutar os silêncios de Lisboa”.

De seguida, a violinista e professora de música Rita Mendes orientou um momento fantástico em que o público, por breves momentos, deu por si a tocar violino. A presidente da Junta de Freguesia dos Olivais Rute Lima, presente na sessão, foi uma das aprendizes do instrumento, tal como o presidente da direcção da SFUCO, Joaquim Silva. A experimentação, primeiro beliscando as cordas com os dedos e depois acariciando-as já com o arco, levou a inexperiente plateia a tocar, imagine-se só, Antonio Vivaldi!

Calados os instrumentos, chegou a vez de uma representação teatral concebida por Costa Santos, do Centro Cultural Eça de Queiroz, em que se adaptou o primeiro andamento d’A Cidade e as Serras. A pequena peça foi apresentada quase sem elementos cénicos mas, por isso mesmo, apelando ainda mais à imaginação dos espectadores, que assim puderam vislumbrar o mais rico dos cenários.

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