Os olhos dos moradores, passantes e curiosos detêm-se agora em várias fachadas de edifícios no Bairro da Picheleira, onde a arte urbana trouxe uma nova beleza.
A intervenção inseriu-se no âmbito do projecto “Pa-Redes”, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian através do seu Programa “Partis”. Pesquisando no seu site, lemos que o Partis é um “programa de apoio a projectos que privilegiam a arte como meio de intervenção social junto de grupos em situação de vulnerabilidade ou exclusão”.
Certo é que vários murais de arte urbana embelezam agora, na Freguesia do Beato, os bairros municipais e cooperativas ex-SAAL.
De acordo com a autarquia local, trata-se de um “projecto de cariz comunitário promovido pelo Clube Intercultural Europeu em parceria com a Junta de Freguesia do Beato, a Associação de Alunos da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, a Associação de Moradores “Viver Melhor no Beato”, o Projeto “Sementes a Crescer”, a Fundação Aga Khan, a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa, o Agrupamento de Escolas das Olaias, a GEBALIS, a Associação de Moradores do Bairro Horizonte e a APAURB-Associação Portuguesa de Arte Urbana”.
Artistas como Telmo Alcobia, ARM Collective (Miguel Caeiro de Sintra e Gonçalo Ribeiro), Francisco Camilo, Vera Fonseca e Vítor Feijó assinam as obras que podem ser contempladas in loco, todos os dias, sem pagar bilhete.
Resta dar conta de um elemento interessante: além de retratarem um pouco a história de parte do bairro – como as barracas retratadas no extenso mural, as lavadeiras a lavar roupa e as obras que ergueram o novo bairro municipal – os murais também se baseiam nos testemunhos de ex-moradores dos antigos Bairros do Casal do Pinto e da Curraleira.
