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500 Anos do Correio em emissão filatélica

500-anos-do-correioOs CTT iniciam as celebrações dos 500 anos do Correio em Portugal com uma emissão filatélica.

A emissão filatélica foi lançada esta segunda-feira, dia 10 de Outubro, e consiste na primeira iniciativa no âmbito das comemorações dos 500 anos do Correio em Portugal, que se comemoram em 2020.

De acordo com um comunicado dos CTT, esta emissão, composta por quatro selos, reproduz cenas dos primeiros tempos do correio em Portugal, com imagens da autoria do artista plástico Carlos Barahona Possollo. A emissão aconteceu também em simultâneo com a comemoração do Dia Mundial dos Correios.

Prossegue o comunicado, explicando o contexto histórico da emissão:

“O guião das imagens produzidas por Carlos Possollo evidencia o enquadramento histórico de Portugal, a necessidade de materializar um sistema de comunicação organizado pela via terrestre e marítimas a afirmação de Portugal como potência mundial. A criação do Correio-Mor lançou as bases do que, em continuidade, são hoje os CTT Correios de Portugal.

Foi em 1520 que D. Manuel I criou, por Carta Régia de 6 de novembro, o Oficio de Correio-Mor, entregando a gestão deste serviço público ao seu cavaleiro Luís Homem. A Carta Régia, emitida na cidade de Évora, detalhava um conjunto de obrigações a que o Correio-Mor se encontrava vinculado. Deveria providenciar para ter os correios (assim eram designados os portadores das cartas) necessários para responder aos serviços requisitados pelo rei ou pelos particulares, encaminhar e fazer agasalhar o seu pessoal; ajustar com os interessados o preço dos portes das correspondências, segundo as distancias e a rapidez da entrega; e, finalmente, disponibilizar cavalos de posta nos lugares mais convenientes para garantir a eficácia do serviço.

Com a institucionalização do Correio em Portugal, iniciava-se a primeira dinastia postal, constituída por quatro Correios-Mores de nomeação régia. Deu-se assim o passo para o estabelecimento de uma das mais importantes infraestruturas, que se revelaria imprescindível ao desenvolvimento do país.

Desde 1520 até 1606, o cargo de Correio-Mor foi sempre de nomeação régia, até ser vendido pelo rei Filipe II ao marquês Luís Gomes da Mata, pela quantia de 70 mil cruzados. A família Gomes da Mata manteve a posse da exploração dos correios durante dois séculos e procurou modernizar os serviços. Apesar disso, até ao século XVII, o serviço continuou a ser usado especialmente pela Coroa, pela nobreza e pelos homens de negócio”.

A emissão é composta por quatro selos: um selo com o valor facial de 0,47€ e uma tiragem de 135 000 exemplares cada; outro de valor facial de 0,58€ e uma tiragem de 110 000 exemplares; outro selo com o valor facial de 0,75€ e uma tiragem de 135 000 exemplares; e, por ultimo, um selo com o valor facial de 0,80e e uma tiragem de 115 000 exemplares. O bloco filatélico tem o valor de 1,80e e uma tiragem de 56 000 exemplares. Os selos têm um formato de 40 X 30,6 mm enquanto o bloco tem um formato de 125 X 95 mm.

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