Cultura
Teatro Romano celebra a gastronomia de séculos passados

O Museu de Lisboa – Teatro Romano dedica o mês de Outubro à gastronomia e ao universo da mesa. Das descobertas arqueológicas após o terramoto de 1755, à apresentação da mesa dos séculos XVII a XIX, passando pela música e pela poesia que celebram o vinho na Hora de Baco, o programa inclui uma exposição, uma palestra, uma visita orientada e um concerto, revelando como a alimentação e os seus rituais se entrelaçam com a história de Lisboa, no passado e no presente.
Em 1755, um violento terramoto arrasou Lisboa e criou um antes e um depois no registo arqueológico, guardando sob os seus escombros testemunhos e vivências da cidade dos séculos XVI, XVII e XVIII. Patente até 26 de Outubro, a exposição temporária O barro azul de Lisboa apresenta peças de faiança lisboeta dos séculos XVI a XVIII que são uma expressão clara do cataclismo.
Ao longo dos tempos a mesa nas cortes e casas senhoriais foi valorizada como representativa do gosto e poder económico do anfitrião. No dia 22 de Outubro, às 18h, com a investigadora Ana Marques Pereira, decorre uma viagem pelas práticas de banquete e pela evolução da apresentação da mesa entre os séculos XVIII e XIX.
No âmbito da exposição temporária O barro azul de Lisboa, no dia 25 de Outubro, às 11h, o público está convidado a sentar-se à mesa e a desvendar os hábitos alimentares dos lisboetas do século XVII. Através de uma visita guiada à mesa daquele tempo descobrimos uma alimentação à base de cereais e vinho, que ainda hoje marca a nossa refeição.
A 30 de Outubro, quinta-feira, às 18h, o sítio arqueológico do Teatro Romano acolhe mais uma edição da Hora de Baco, com leitura de poemas por Ana Isabel Gonçalves e música de inspiração islâmica com Sebastião Antunes. A sessão é acompanhada por uma degustação de vinhos da região de Setúbal, patrocinados pela Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões.