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Prémio Literário Fernando Namora para Carlos Vale Ferraz

Com o romance “A Última Viúva de África”, Carlos Vale Ferraz foi o grande vencedor do Prémio Literário Fernando Namora 2018, instituído pela Estoril Sol, com o valor pecuniário de 15 mil euros.

Na deliberação do Júri, presidido por Guilherme d’Oliveira Martins, assinala-se a qualidade literária de outras obras, constando da lista de finalistas votados os nomes de João Reis, com “A Avó e a Neta Russa”; João Pinto Coelho e “ Os Loucos da Rua Mazur”; Rodrigo Guedes de Carvalho, com “ O Pianista de Hotel”; e Kalaf Epalanga, autor de “Também os Brancos Sabem Dançar”.

Em acta, o Júri salientou na obra “ A Última Viúva de África” que “a memória da experiência colonial pode ser aterradora – Congo Belga e Angola constituem neste romance o eixo geopolítico de acções de guerra e desvarios humanos no qual uma mulher (Madame X) emerge, simultaneamente, como figura de ligação da estória do romance e da História dos anos sessenta no início da guerra nacionalista.

Além de Guilherme d`Oliveira Martins, o Júri desta 21.ª edição do Prémio Literário Fernando Namora contou ainda com José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e por Nuno Lima de Carvalho
e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

Carlos Vale Ferraz, pseudónimo literário de Carlos de Matos Gomes, nasceu a 24 de Julho de 1946, em Vila Nova da Barquinha. Foi oficial do Exército, tendo cumprido comissões em Angola, Moçambique e Guiné. Algumas das suas obras foram adaptadas ao cinema e à televisão, e colaborou com Maria de Medeiros no argumento do filme Capitães de Abril. É investigador de História Contemporânea de Portugal. Publicou, como Carlos de Matos Gomes e em co-autoria com Aniceto Afonso, os livros Guerra Colonial, Os Anos da Guerra Colonial e Portugal e a Grande Guerra. No catálogo da Porto Editora, figuram os seus romances “A Última Viúva de África” (2017) e “Nó Cego” (1.ª ed. 1982), agora reeditado, uma obra de referência obrigatória na ficção portuguesa sobre a guerra colonial.

O Prémio Literário Fernando Namora será entregue oportunamente em cerimónia a anunciar.

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