As eleições presidenciais deste domingo deram a vitória à primeira volta ao candidato Marcelo Rebelo de Sousa, conseguindo 52% dos votos.
Marcelo é o quinto Presidente da República em pouco mais de 40 anos de democracia, seguindo-se a Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva.
Os resultados oficiais apontam para a seguinte distribuição dos votos: Marcelo Rebelo de Sousa com 52%, Sampaio da Nóvoa com 22,89%, Marisa Matias com 10,13%, Maria de Belém com 4,24%, Edgar Silva com 3,95%, Vitorino Silva com 3,28%, Paulo de Morais com 2,15%, Henrique Neto com 0,84%, Jorge Sequeira com 0,3% e Cândido Ferreira com 0,23%. Os votos brancos corresponderam a 1,24% e os nulos a 0,92%. A abstenção atingiu 51,16%, um pouco abaixo das últimas presidenciais (53,48% em 2011).
Sampaio da Nóvoa foi o candidato que ficou mais perto de poder disputar uma segunda volta, mas Marcelo Rebelo de Sousa acabou por ultrapassar o limiar dos 50% dos votos e foi mesmo eleito para um primeiro mandato com uma percentagem superior às de Mário Soares em 1986 (51,18%) e Cavaco Silva em 2006 (50,54%).
No seu discurso na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, depois de lembrar que “o povo é quem mais ordena”, Marcelo falou da necessidade de “unir a esquerda e a direita”, prometeu criar consensos e exercer o mandato com um estilo próprio. Sobre a cooperação institucional, garantiu a imparcialidade e a intenção de manter a estabilidade e as condições para o exercício até ao final da actual legislatura.
O sucessor de Cavaco Silva na Presidência mencionou a necessidade de “voltar a página” e de “recriar a desdramatização e pacificação económica, social e política em Portugal”, atribuindo grande importância à “unidade” e à “coesão social”. Neste ponto, citou o Papa Francisco, colocando-se do lado dos “mais desprotegidos, dos mais desfavorecidos”, dos que “vivem nas periferias da sociedade”.