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Portuguesas distinguidas na Ciência

Três portuguesas foram distinguidas com o prémio L`Oreal Mulheres na Ciência por projectos relacionados com um novo tratamento para o cancro da mama, o pneumotórax espontâneo primário e a esclerose múltipla.

A iniciativa apoia a investigação científica na Saúde e Ambiente em Portugal realizada por mulheres com idade até 35 anos e contou com a participação de 80 candidatas, tendo sido escolhidos três projectos.
Ana Barbas, 35 anos, do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET) de Lisboa pretende descobrir uma maneira de travar crescimento dos tumores no caso do cancro da mama, a doença que mais mulheres afecta em Portugal. “Uma maneira de travar esta forma particularmente letal da doença passa por ‘esfomear’ o tumor contrariando a sua capacidade de formar novos vasos sanguíneos – processo dito de angiogénese –, impedindo assim o seu crescimento e disseminação”.
Por sua vez, Adelaide Fernandes, 33 anos, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa tem focado o seu trabalho na Esclerose Múltipla doença auto-imune que ataca a bainha dos nervos e que afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo e cerca de cinco mil em Portugal. A investigadora pretende identificar um alvo terapêutico avaliando se uma proteína que tem vindo a estudar, a S100B, “está de facto envolvida na doença e é responsável por um atraso da recuperação da incapacidade que se instala nos doentes quando estão sujeitos a surtos.”
Já Inês Sousa, 29 anos, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do Instituto Gulbenkian de Ciência de Oeiras está a estudar uma doença menos célebre e pioneiro a nível mundial: a formação de bolsas de ar que provocam o colapso de um ou de ambos os pulmões, sem qualquer causa médica aparente. “O pneumotórax espontâneo primário chamou-me a atenção por ser uma doença pulmonar rara e muito pouco estudada” que afecta essencialmente indivíduos do sexo masculino, jovens, dos 18 aos 35 anos, altos, magros, desportistas, aparentemente saudáveis e sem historial de doença pulmonar.

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