Sociedade

Panteão Nacional recebe Eça de Queiroz

Os restos mortais do escritor Eça de Queiroz vão ser depositados no Panteão Nacional. A honra deve-se ao reconhecimento da “obra literária ímpar e determinante na história da literatura portuguesa”. A proposta de resolução foi apresentada pelo Partido Socialista e foi aprovada por unanimidade em Janeiro de 2021.

Eça de Queiroz morreu em Agosto de 1900, na sua casa de França, e foi sepultado com honras de Estado no cemitério do Alto de São João. Em 1989 foi transladado para o cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião, a vila onde se situa a Fundação com o seu nome.

Tudo começou em 2020, quando o bisneto do escritor, Afonso Maria Eça de Queiroz Cabral, liderou uma proposta que fez chegar ao então presidente da Assembleia Municipal de Baião, José Luís Carneiro, onde a família que dirige a Fundação propunha a transladação para o Panteão Nacional. A acção foi proposta à Assembleia da República e chegou agora o momento em que ficou definida a data que, em princípio, será no dia 27 de Setembro deste ano.

Após 123 anos da sua morte, Eça de Queiroz será agora sepultado no mesmo local que Luís de Camões, Almeida Garrett, Aquilino Ribeiro, Guerra Junqueiro, João de Deus e Sophia de Mello Breyner Andresen, sendo o sétimo escritor a ocupar um lugar no Panteão Nacional.

Eça de Queiroz nasceu em 1845 na Póvoa do Varzim e foi autor de grandes obras da literatura portuguesa como “O Crime do Padre Amaro”, “A Ilustre Casa de Ramires” ou “O Primo Basílio” e teve, paralelamente, uma carreira diplomática.

O Panteão prepara agora uma nova sala que albergará novos túmulos e onde ficarão os restos mortais do escritor de “Os Maias”, assim como uma exposição sobre a sua vida e obra que será inaugurada após a cerimónia de transladação.

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