No contexto do isolamento profiláctico, face à pandemia da Covid-19, as vítimas de violência doméstica podem ficar ainda mais vulneráveis. O Governo disponibilizou um novo endereço de e-mail para questões, pedidos de apoio e suporte emocional.
O novo endereço – violencia.covid@cig.gov.pt – é mais uma ferramenta da CIG – Comissão para a Cidadania a Igualdade de Género para lidar com o flagelo da violência doméstica e apoiar as vítimas nesta fase de isolamento social.
Esta semana, a associação FEM – Feministas Em Movimento alertava para o aumento do risco de violência doméstica e de género durante o isolamento social decorrente da declaração do estado de emergência e da situação pandémica que vivemos.
“A situação de confinamento à habitação a que a quarentena e o isolamento social condicionam, e pelo período em que vigorarem, significa também um maior contacto, e em permanência, entre vítimas e agressores”, referia a FEM, destacando igualmente a exposição das crianças aos episódios de violência.
Recordando que a violência contra as mulheres e a violência doméstica já foram consideradas “pandemias” pela Organização Mundial da Saúde em 2002, a FEM alerta para o facto de as vítimas passarem a ficar sujeitas a uma dupla pandemia: a da violência e a da doença.
A CIG deixa, por isso, alguns conselhos, disponíveis no seu site, para ajudar as vítimas a ficar em segurança:
Se precisar de ajuda ou se não souber o que fazer, ligue para o 800 202 148
Tenha à mão os números de apoio, memorize no telemóvel ou, se isso não for seguro, tente decorar:
- O 800 202 148, que a informará e lhe dirá o que fazer, alertando os apoios mais próximos de si. Na dúvida, ligue.
- O 116 006 linha da APAV
- O 144 linha de emergência social
- O 112 se sentir que a sua vida está em risco
- O 116 111 (SOS criança) que deve também ensinar às crianças
- Peça ajuda.
Quanto ao comum dos cidadãos, a CIG também deixa um conselho importante:
Este período exige-nos ainda mais responsabilidade e atenção ao que se passa na casa ao lado com as crianças e as mulheres.
- Fique alerta a todos os sinais de violência; faça sentir a sua presença e vigilância, ligue para os números de apoio, designadamente o 800 202 148 e o 116 006 linha da APAVNenhuma mulher e criança podem ficar sozinhas, neste período de isolamento. Vamos ser mais comunidade.