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“Não sei se canto se rezo” vence Prémio Fundação Mário Soares

A Fundação Mário Soares e Maria Barroso, com o apoio da Fundação EDP, atribuiu o Prémio Fundação Mário Soares – Fundação EDP 2020 ao trabalho “‘Não sei se canto se rezo’: ambivalências culturais e religiosas do fado (1926-1945)”, tese de doutoramento em História da autoria de Cátia Sofia Ferreira Tuna, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Na sua investigação, Cátia Tuna propôs-se estudar a nomeação do fado como oração ou reza, “analisando os elementos religiosos que lhe são reconhecíveis, nos discursos em que o fado se diz a si próprio, considerando-se oração e religião, e nas divergentes representações e opiniões que dele circulavam no espaço público”.

Foram ainda atribuídas duas menções honrosas (ex-aequo): à tese de doutoramento em História “Desafios Coloniais na construção do sistema internacional de proteção dos refugiados: os processos de descolonização do Quénia, Argélia e Angola (1950-1975)”, da autoria de Ana Filipa dos Santos Guardião e defendida no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; e à dissertação de mestrado em Antropologia apresentada na Faculdade de Ciências e Humanas da Universidade Nova de Lisboa com o título “Homossexualidade e resistência durante a ditadura portuguesa: estudos de caso”, de Raquel Afonso Louro.

As decisões foram tomadas por unanimidade pelo Júri, composto pelos Professores Rui Vieira Nery (Presidente do Júri), Bruno Sena Martins (Vogal) e pelo Doutor João Carlos Louçã (Vogal).

O Prémio Fundação Mário Soares, que celebra esta ano a sua 22.ª edição, foi instituído em 1998 pela Fundação Mário Soares, com o  objectivo de galardoar autores de trabalhos académicos ou de investigação realizados no âmbito da História de Portugal do século XX. Desde 2011, o prémio é promovido com o apoio e colaboração da Fundação EDP.

Sobre a Fundação Mário Soares e Maria Barroso

A Fundação Mário Soares e Maria Barroso é uma instituição de direito privado e utilidade pública sem fins lucrativos, criada em 1991.

A Fundação tem como missão a promoção de uma cultura cívica e democrática inspirada na vida e no legado de Mário Soares e Maria Barroso e a preservação e divulgação da memória histórica e da herança cultural de Portugal Contemporâneo.

A atividade da Fundação desenvolve-se no plano cultural, humanitário, social, científico e educativo, destacando-se a organização e disponibilização em acesso aberto do seu património cultural (Arquivo, Biblioteca, Casa Comum e Casa-Museu João Soares), a programação de eventos científicos e culturais, a promoção de programas de formação e de debate, a cooperação com os países da lusofonia e o estímulo à criação e disseminação de conhecimento de base científica.

A Fundação acolhe um dos mais extensos e relevantes arquivos políticos portugueses do século XX, compreendendo documentação pessoal e política de Mário Soares e de Maria Barroso e diversos acervos essenciais para o conhecimento da História de Portugal, da Europa e do Mundo.

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