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Palácio Nacional de Queluz expõe porcelanas das coleções reais

O Palácio Nacional de Queluz termina o ano com novidades no seu percurso expositivo, mais precisamente na Sala das Porcelanas das Coleções Reais.

O espaço foi reformulado e agora exibe essencialmente peças relacionadas com a mesa e as refeições, nomeadamente, dos serviços de jantar, chá, café e chocolate. Com uma nova abordagem, a actual exposição integra cerca de 200 objectos e oferece uma viagem às vivências associadas a estas peças que outrora fizeram parte do quotidiano da Família Real neste Palácio, com destaque para personagens como D. Maria I e D. Pedro III; D. João VI e D. Carlota Joaquina; D. Pedro IV e D. Miguel I. São porcelanas europeias e orientais, produzidas, sobretudo, entre a segunda metade do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, que refletem os gostos dos monarcas e ilustram a introdução de novos hábitos alimentares na corte, como o consumo de café e de chocolate.

Os objectos expostos pertencem maioritariamente ao acervo do Palácio Nacional de Queluz, como o serviço em porcelana da China encomendado por D. Pedro III (1717-1786) para uso neste seu palácio, conjunto que fez duas viagens transatlânticas a acompanhar a transferência da corte para o Brasil com as invasões francesas (1807), voltando a Portugal com o seu regresso (1821). Expõem-se também várias peças cedidas em regime de depósito pelos Palácios Nacionais da Pena e da Ajuda, merecendo destaque os dois serviços para chá e café produzidos na segunda metade do século XVIII em Meissen (Saxónia) e os dois serviços de jantar de produção britânica decorados com o monograma da rainha D. Carlota Joaquina (1775-1830).

Este projecto expositivo é o resultado da investigação desenvolvida pela Parques de Sintra, que explorou os antigos inventários do Palácio Nacional de Queluz. Um trabalho que proporcionou um novo olhar sobre algumas das peças expostas e sobre o contexto em que foram produzidas e utilizadas pela Família Real, cuja colecção reúne serviços provenientes de centros de produção europeus (França, Alemanha, Áustria e Reino Unido) e porcelana chinesa de exportação.

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