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Intervenção na Segunda Circular já foi debatida

resized_segunda circularRealizou-se esta segunda-feira um debate público organizado pela Assembleia Municipal de Lisboa (AML) sobre a intervenção na Segunda Circular.

Depois de muita controvérsia, chegou esta segunda-feira o dia do debate público promovido pela AML. Em nome do Município, coube ao vereador do Urbanismo Manuel Salgado apresentar o projecto e refutar aquilo que considera serem críticas infundadas, estando também presente o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Manuel Salgado reiterou que as cerca de 400 participações submetidas dentro do período de consulta pública do projecto que visa aumentar a segurança, a fluidez e a sustentabilidade ambiental da Segunda Circular vão ser “ponderadas e respondidas”, confirmando que vão ser feitos “aperfeiçoamentos” ao projecto.

As cerca de 150 pessoas na assistência ouviram o vereador do Urbanismo explicar que “muito do debate” até agora assenta sobre “questões que não constam do projecto”, nomeadamente a eventual perda de uma via em cada sentido ou de uma exagerada plantação de árvores que coloque em risco a segurança da navegação aérea.

O vereador esclareceu que a proposta prevê a plantação de 128 árvores entre o Campo Grande e a Rotunda do Relógio, “fora dos cones”, sendo que no total esse número ascende às 570 árvores no novo separador central da Segunda Circular, além de outras 7500 nas imediações da via.

Sobre este assunto, o presidente da NAV – Navegação Aérea de Portugal, Luís Coimbra, deitou água na fervura, explicando o parecer da entidade: desde que a mancha verde não exceda a altura dos candeeiros, não haverá problema. Segundo o próprio, em mais de 160 mil movimentos no aeroporto de Lisboa em 2015 registaram-se apenas 42 incidentes relacionados com esta questão, dos quais 7 causaram danos em aeronaves. Já o presidente da ANA, Jorge Ponce de Leão, recomendou à Câmara que desenvolvesse um “plano de controlo da avifauna”.

Vários intervenientes abordaram o tema dos transportes públicos, nomeadamente a possibilidade de lhes atribuir prioridade nas entradas para a Segunda Circular, de reservar uma faixa BUS e de proceder à repavimentação de toda a extensão da via. Também houve quem sugerisse a colocação de uma ciclovia em alguns troços do percurso.

O Automóvel Clube de Portugal (ACP) foi a entidade que se mostrou mais crítica da proposta da Câmara. O seu presidente, Carlos Barbosa, voltou a afirmar que a entidade não considera a intervenção prioritária e que não vai resolver os problemas de fundo desta via estruturante.

A AML discute no dia 10 de Fevereiro o relatório da sessão que decorreu no Hotel Roma e aprova nesse dia uma eventual recomendação à Câmara de Lisboa.

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