Sociedade

Envelhecimento activo é a prioridade da futura Academia Sénior de Marvila

A futura Academia Sénior de Marvila é um projecto que junta várias entidades e que promete oferecer um mar de possibilidades aos seniores da freguesia.

Quem disse que a reforma é para ficar quieto em casa? Quem disse que o fim da “idade activa”, falando em termos de emprego, implica o fim da actividade real de uma pessoa?

Fomos até à Rua Luiz Pacheco, à sede da AMBA – Associação de Moradores do Bairro das Amendoeiras, para assistir à sessão de apresentação da Academia Sénior de Marvila, um projecto que congrega os esforços da Junta de Freguesia de Marvila, da Câmara Municipal de Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e de duas associações além da AMBA: a Questão de Igualdade – Associação para a Inovação Social e a Quebrar o Silêncio.

Ficámos a saber que esta Academia vai proporcionar aos seniores a oportunidade de “viver e aprender em comunidade”, um objectivo que a AMBA já persegue desde a sua fundação em 2006, ao mesmo tempo que desenvolvem uma cidadania participativa e informada.

Afinal de contas, e como resultou claro no debate promovido na manhã do dia 31 de Outubro, o envelhecimento activo deve ser um processo de cidadania plena, e para tal convém deixar cair a visão negativa sobre o envelhecimento e exaltar o contributo da população sénior para o desenvolvimento social.

Como é que a Academia Sénior de Marvila pretende alcançar estes objectivos? Não só através das “disciplinas” tradicionais, como o inglês, a informática, a ginástica, as oficinas de trabalhos manuais e artes ou as aulas sobre temas de relevância histórico-cultural, mas também promovendo projectos integrados que resultem na partilha de memórias e experiências de vida e ainda actividades intergeracionais em parceria com as escolas.

Foi por isso que participou na sessão o director do Agrupamento de Escolas D. Dinis, entre muitas outras entidades, como a Câmara, através do gabinete da vereadora Paula Marques, a Gebalis ou a UDIP de Marvila da Santa Casa.

Como resumia o presidente José António Videira durante a sua intervenção, quando contou duas histórias bem ilustrativas da necessidade de valorizar o envelhecimento activo: não podemos marginalizar os seniores e dizer-lhes que são supérfluos e já não servem para nada. Basta pensar que existirão cerca de 132 mil pessoas com mais de 65 anos em Lisboa.

Num ambiente familiar e informal, a sessão terminou com um pequeno lanche de convívio entre todos, já depois de o presidente da AMBA, Manuel Saraiva, ter convidado as senhoras da Associação a entregar uma lembrança simbólica aos oradores convidados.

Contactos úteis: academiaseniordemarvila@gmail.com; 960 419 338.

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