CML lança campanha contra o ruído nocturno

A Câmara Municipal de Lisboa iniciou uma campanha dirigida aos clientes dos estabelecimentos de diversão nocturna da cidade, que lhes pede… menos barulho se faz favor.

É sobejamente conhecido que há um problema sério em conciliar o divertimento dos lisboetas (e dos turistas, já agora) e o direito ao descanso de todos os que residem nas imediações dos estabelecimentos abertos até de madrugada, sejam bares, restaurantes ou de outro tipo.

Esta semana, a Câmara Municipal de Lisboa apresentou, na Praça Luís de Camões, um ponto entre vários bairros que conhecem bem a noite lisboeta, uma campanha que procura sensibilizar a população em geral para a importância de reduzir o ruído nocturno e deixar de molestar os moradores. A Praça Luís de Camões está figurativamente no centro deste problema, visto que se localiza entre os bairros do Bairro Alto, da Bica e do Cais do Sodré.

Com o mote: “Quando o ruído entra em casa os residentes vêem-se na rua”, a campanha resulta de uma proposta vencedora do Orçamento Participativo de Lisboa, apresentada pela associação de moradores “Aqui Mora Gente”, com a qual o EXPRESSO do Oriente já fez uma grande reportagem.

Além da vertente de sensibilização, a campanha explora também a possibilidade de registar uma queixa relativa ao ruído nocturno: uma aplicação para o telemóvel desenvolvida pela CML que serve para variados fins, disponível aqui – naminharualx.cm-lisboa.pt/. É o portal de ocorrências em que também se registam lâmpadas apagadas, buracos na calçada ou bancos de jardim partidos.

Nos mupis da Câmara, em anúncios na imprensa, em copos, bases para copos e cartazes distribuídos pelos estabelecimentos comerciais, poder-se-á ler versões em português e inglês da mensagem: “O ruído é uma forma de poluição urbana. Da próxima vez que sair à noite em Lisboa, lembre-se que aqui também mora gente”.

A campanha conta com o apoio da Junta de Freguesia da Misericórdia (cujo território abrange os três locais privilegiados de diversão nocturna enunciados) e ainda com a colaboração das associações de comerciantes do Bairro Alto e do Cais do Sodré.