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Rendas apoiadas no Bairro dos Lóios

O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IRHU) pretende aplicar o regime de renda apoiada a todos os seus inquilinos em todo o país. No bairro dos Lóios, em Marvila, os habitantes discordam destas medidas e muitos preferem mesmo comprar as habitações já que existe essa possibilidade.

Os preços variam entre 23 e 37 mil euros para tipologias T1 e T4, respectivamente, mas no caso em que os inquilinos não possam ou não pretendam comprar, as rendas serão ajustadas ao rendimento do agregado familiar e seguidas as normas do regime de renda apoiada.

O Movimento Contra a Renda Apoiada acusa o IRHU de estar a proceder a uma alteração repentina no sistema de arrendamento social ao que Vítor Reis, presidente daquele instituto, responde que se assim não for “serão os contribuintes a pagar o empréstimo de 55 milhões de euros contraído em 2007 para reabilitar os bairros sociais” e acrescenta que o IRHU perde anualmente cerca de seis milhões de euros, resultado da falta de actualização das rendas.

O movimento comunica que repudia a decisão que considera injusta mas o IRHU adianta que as alterações serão baseadas nos “princípios existentes no regime em vigor” e garante que os moradores não serão penalizados, no entanto, refere que existem famílias cujo rendimento é superior a 1500 euros líquidos e pagam menos de 25 euros de renda mensal.

O presidente do IRHU afirma que o processo de venda das habitações decorre “a pedido de muitos moradores do bairro dos Lóios” onde existem 459 contratos de arrendamento. Destes, 63 pagam a chamada renda apoiada, no valor de 45,78 euros; a grande maioria dos agregados familiares paga a renda social, no valor de 24,42 euros e, naquele bairro, a renda mais alta é de 170 euros mensais.

 

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