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Avenida Eusébio da Silva Ferreira
O troço da Segunda Circular junto ao Estádio da Luz recebe o nome Eusébio da Silva Ferreira, um ano após o falecimento do “Pantera Negra”.
A cerimónia de descerramento da placa toponímica teve lugar na tarde do dia 5 de Janeiro, tendo participado nesse acto o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa e a viúva de Eusébio. Além de Flora, também estavam junto à placa as filhas do “King”. Luís Filipe Vieira representou o Sport Lisboa e Benfica e o Presidente António Cardoso a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica.
Muitos adeptos anónimos fizeram questão de se juntar à cerimónia, na qual participaram inúmeras figuras públicas ligadas ao desporto e uma extensa representação da Assembleia Municipal de Lisboa (AML).
A atribuição do nome de Eusébio ao troço da Segunda Circular resulta de um consenso no seio da AML, transversal às diversas forças políticas, e tem como efeito prático – com elevado simbolismo – a alteração da morada do Estádio da Luz. No seu discurso, António Costa deu conta disso mesmo, salientando a importância de ser “uma das principais vias de entrada e de saída na cidade, junto ao sítio que tantas alegrias lhe deu e onde proporcionou tantas alegrias às pessoas, quer com a camisola do seu clube, quer com a camisola das quinas”.
António Costa descreveu a efeméride como uma “justa e merecida homenagem” a alguém que “além de um extraordinário jogador de futebol, foi um verdadeiro embaixador de Portugal ao longo de muitas décadas”.
Luis Filipe Vieira, responsável máximo do SL Benfica, lembrou a presença constante do “Pantera Negra” ao longo da vida do clube, afirmando que “Eusébio ganhou em vida o direito à eternidade”.
Minutos antes, Manuel Alegre declamou o poema da sua autoria “Eusébio”, que aqui se transcreve:
“Havia nele a máxima tensão
Como um clássico ordenava a própria força
Sabia a contenção e era explosão
Não era só instinto era ciência
Magia e teoria já só prática
Havia nele a arte e a inteligência
Do puro e sua matemática
Buscava o golo mais que golo-
só palavra
Abstracção
ponto no espaço
teorema
Despido do supérfluo rematava
E então não era golo –
era poema”