Destaque

Abate de árvores nos Olivais motiva queixa

O abate de 27 árvores na Freguesia dos Olivais tem sido criticado pelos moradores e pela Plataforma em Defesa das Árvores, movimento que fez uma queixa formal.

Na última semana do mês de Janeiro, começaram a desaparecer dos Olivais um conjunto de choupos, mais precisamente no jardim Maria de Lourdes Sá Teixeira. No total, serão 27 os exemplares a abater. Os moradores queixam-se de não ter sido previamente informados da intervenção, que foi levada a cabo pela Junta de Freguesia local.

Reprodução da queixa enviada ao Ministério Público, retirada do Facebook da Plataforma em Defesa das Árvores

Os choupos de grande porte tinham copas frondosas e várias décadas de idade, pelo que o impacto na paisagem foi imediato. Em declarações à imprensa, a presidente da Junta de Freguesia dos Olivais garante que promoveu os avisos legais “dentro dos timings regulamentares” e que agiu dentro do previsto nos regulamentos municipais. Ora a Plataforma em Defesa das Árvores, que classifica a intervenção como um “arboricídio grave nos Olivais”, considera que não foram cumpridas as regras, nomeadamente o Despacho 60/P/2012, que obriga a informar com 15 dias de antecedência os moradores.

Ao jornal Público, a presidente Rute Lima referiu que a avaliação técnica do estado fitossanitário dos choupos e a decisão de os abater, responsabilidades que cabem à Câmara de Lisboa, foram publicadas no site do Município a 27 de Dezembro e que foram afixadas nas instalações da junta a 10 de Janeiro. Na sua página de Facebook, a autarca também aponta o estado de decrepitude e o risco iminente de queda como justificação para os abates, avançando datas para a plantação de centenas de novas árvores, em Fevereiro e Março.

Fotografia de um exemplar abatido; fonte: página de Facebook da presidente da JF Olivais, Rute Lima

“27 árvores não ficam perigosas ao mesmo tempo de um dia para o outro, a substituição de árvores deve ser um processo ponderado e gradual, este abate é uma violência para o ambiente e para os moradores do local. Um acto de gestão prepotente inaceitável! Tudo deve ser feito para o evitar”, aponta a Plataforma em Defesa das Árvores numa publicação no Facebook. Com data de 28 de Janeiro, a Plataforma enviou uma queixa ao Ministério Público.

O jardim Maria de Lourdes Sá Teixeira situa-se ao longo da Rua Cidade da Beira.

Ver mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Close