Eusébio da Silva Ferreira, um dos melhores futebolistas de todos os tempos e símbolo nacional que ultrapassa a fronteira do desporto, faleceu na madrugada do dia 5 de Janeiro, pelas 4.30h, vítima de paragem cardio-respiratória. Tinha 71 anos.
A sua saúde era já débil, contando-se vários internamentos hospitalares, o último dos quais na sequência de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido enquanto a Selecção Nacional disputava o Campeonato Europeu de Futebol, em Junho de 2012. Nessa altura, foi mesmo encaminhado para um hospital em Poznan (Polónia), depois de se ter sentido mal.
Do “Pantera Negra”, alcunha pela qual era conhecido desde o Mundial de 66 na Inglaterra, ficarão para sempre na memória dos portugueses as lágrimas que enxugou com a camisola quando a equipa das quinas se despediu da competição com uma derrota diante dos anfitriões. Colegas, adversários e fãs espalhados pelo mundo inteiro nunca esquecerão o seu talento puro, a sua velocidade estonteante e o seu poderoso pé direito.
O Governo decretou três dias de luto nacional e a Federação Portuguesa de Futebol anunciou o cumprimento de um minuto de silêncio nos jogos de futebol organizados por este organismo.
O corpo do futebolista segue em cortejo fúnebre pela cidade de Lisboa e o funeral será no cemitério do Lumiar, pelas 17h. Antes disso, ao início da tarde, cumpre-se o último desejo do “King”, como também era conhecido: uma volta ao Estádio da Luz, onde são esperadas milhares de pessoas, benfiquistas e não só. As manifestações de carinho têm-se sucedido, particularmente junto à estátua de Eusébio, onde têm sido depositadas flores e cachecóis de futebol de vários clubes.
Por todo o lado, uma sensação: o país ficou mais pobre desportivamente.
