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Sé de Lisboa vai receber obras para reabilitar claustro

resized_claustro sé lisboaAs obras só deverão ter início no espaço de um ano e custarão cinco milhões de euros, financiadas com recurso a fundos comunitários, dinheiros públicos e da Igreja.

O anúncio foi feito aquando de uma visita do Cardeal Patriarca D. Manuel Clemente e do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, à Igreja de Santa Maria Maior, a Sé de Lisboa.

As escavações arqueológicas do espaço onde a Sé foi construída revelaram pedaços de 2700 anos de História: incluem ruas da Idade Média, uma antiga cisterna e elementos islâmicos. Este núcleo será convertido num espaço museológico e voltará a ficar coberto depois da colocação de uma laje que vai devolver ao claustro o seu pátio.

O claustro inferior ficou severamente danificado depois do terramoto de 1755, em consequência do abalo sísmico e do incêndio que se lhe seguiu.

Dois dos cinco milhões de euros do custo total da obra virão de fundos europeus. Os restantes três milhões sairão dos cofres do Estado e da Igreja, embora ainda não seja conhecida a distribuição dos montantes entre cada entidade. Depois de iniciado, o projecto deverá ter uma duração de um ano e meio, segundo explicou o secretário de Estado da Cultura.

D. Manuel Clemente justificou a necessidade de investir no património da Sé com a urgência de “recuperar a memória do edifício, da cidade e até do país”, destacando a convergência num mesmo local de povoações sucessivas muito diferentes entre si.

Entre as características principais do projecto, destacam-se a colocação de uma laje a servir de piso para o claustro inferior, servida por um espelho de água ao centro, a instalação do arquivo no claustro superior, uma ligação por escada e elevador entre os dois claustros e a abertura de uma porta para a Rua das Cruzes da Sé.

A intervenção enquadra-se no projecto da Rota das Catedrais, um programa de valorização do património nascido em 2012 de uma parceria entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa. Este projecto já permitiu intervenções na Sé de Santarém e na Sé do Porto, enquanto ainda decorrem obras nas de Guarda, Leiria e Viseu.

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