Sociedade

Pais obrigados a pagarem sala para a filha deficiente

A Escola Básica Integrada Vasco da Gama, no Parque das Nações, estará a exigir aos pais o pagamento pela cedência de uma sala onde a filha deficiente realiza, duas vezes por semana,  as sessões de terapia da fala.

A criança de nove, com trissomia 21, tem duas sessões por semana com uma terapeuta da fala utilizando para tal uma sala da escola onde estuda. No entanto a instituição alega que os cuidados de saúde não são da sua responsabilidade.
De acordo com a mãe, Carla Alves, a filha tem dificuldades em falar e, por isso, é importante que tenha estas sessões, uma necessidade que está indicada no seu plano educativo especial.
Até então os pais pagavam à terapeuta e utilizavam uma sala na E.B. Vasco da Gama para as sessões, contudo, na semana passada receberam uma mensagem de correio electrónico a informar que teriam que começar a pagar 10 euros à hora pela cedência do espaço, caso contrário a entrada da terapeuta será interditada.
Maria José Soares, directora do agrupamento escolar, explica que tratando-se de um cuidado de saúde não compete à escola fornecer o serviço do mesmo modo que “quando uma criança precisa de óculos não é a escola quem vai fornecer os óculos”.
Recorda ainda que esta é uma escola pública com sobrelotação de salas e negou que a escola tenha tomado esta decisão para “lesar uma criança”.
A mãe contesta a decisão e invoca o decreto-lei de 2008 que regula o ensino especial e que determina que as escolas devem adoptar “estratégias, recursos, conteúdos, processos, procedimentos e instrumentos” para incluir as crianças com necessidades educativas especiais.

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